LINTER RECICLADO DE ALGODÃO: ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL PARA A PRODUÇÃO DE CELULOSE E PAPEL
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.202133204Palavras-chave:
Linter residual, Indústria têxtil, Lignina, ReciclávelResumo
Esta pesquisa objetivou determinar as propriedades físicas, químicas e anatômicas do linter residual de algodão, material oriundo da indústria têxtil, para fabricação de celulose e papel. Foram avaliados três tratamentos (linter reciclado blue 40, linter reciclado blue 30 e linter reciclado alvejado 30), em que se analisou as seguintes propriedades: teor de umidade, densidade aparente, teor de holocelulose, extrativos totais, lignina, número kappa e solubilidade em NaOH 1 e 5% em água quente e água fria, teor de cinzas, determinação das dimensões das fibras e as relações entre essas dimensões, seguindo as normas da TAPPI. Na avaliação física da umidade, não houve diferença estatística significativa entre as médias dos tratamentos. Para densidade e teor de holocelulose, o Blue 40 apresentou a maior média (0,088 g.cm-³ e 90,82%, respectivamente). O teor de lignina do Blue 40 apresentou a menor média (1,95%). A porcentagem de cinzas foi igual para os tratamentos Blue 40 e Alvejado 30 (0,80%). Na avaliação da solubilidade em NaOH 1% e solubilidade em água quente, os tratamentos Blue 30 e Alvejado 30 apresentaram médias iguais (8% e 5%, respectivamente) e superiores a Blue 40. Para a solubilidade em NaOH 5%, os tratamentos Blue 30 e Blue 40 apresentaram médias iguais (6%). Os valores de solubilidade em água fria foram iguais para o Blue 40 e Alvejado 30 (5,04%) e superiores ao Blue 30. Desta forma, a Blue 40 apresentou melhores características para produção de celulose e papel.
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