A SUCESSÃO SECUNDÁRIA DA MATA ATLÂNTICA NA REGIÃO DE CUBATÃO - SP

Autores

  • Renata R. Mendonça Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
  • Sérgio L. Pompéia Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
  • Suzana E. Martins Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.199241246

Palavras-chave:

sucessão secundária, regeneração natural, levantamento fitossocioló­gico, degradação ambiental, Mata Atlântica, Serra do Mar, Cubatão

Resumo

Trata-se de uma análise do processo de sucessão secundária de uma capoeira, em área da Mata Atlântica, que sobrevive sob impacto direto da poluição atmosféri­ca, advinda do Pólo Industrial de Cubatão. Durante quatro anos de acompanhamento em campo, verificou­ se uma discreta diminuição no número de espécies pioneiras e secundárias, em função da morte de alguns indivíduos debilitados pela poluição, enquanto as de sub­-bosque tiveram um aumento de indivíduos. As trocas de recrutamento e mortalidade foram as mesmas, girando em torno de 18%. Conclui-se que, embora não ocorra o aumento da densidade de árvores e apesar de sofrer constante "stress" causado pela poluição, a comunidade encontra-se em sucessão, o que é confirmado pelo o aumento da diversidade e biomassa e o surgimento de espécies de sub-bosque e secundárias, como Guarea guidonia, Guapira opposita, Hirtella hebeclada e Hyeronima alchomeoides.

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Publicado

1992-06-17

Como Citar

MENDONÇA, R. R.; POMPÉIA, S. L.; MARTINS, S. E. A SUCESSÃO SECUNDÁRIA DA MATA ATLÂNTICA NA REGIÃO DE CUBATÃO - SP. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 131–138, 1992. DOI: 10.24278/2178-5031.199241246. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/246. Acesso em: 18 set. 2024.