FRUTIFICAÇÃO, PREDAÇÃO DE SEMENTES E ESTABELECIMENTO DE PLÂNTULAS DE TABEBUIA SERRATIFOLIA NICHOLS
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.199241342Palavras-chave:
Tabebuia serratifolia, predação, semente, estabelecimento, frutificaçãoResumo
A região de Botucatu, no centro-sul do estado de São Paulo, possui características particulares quanto à cobertura vegetal, pois possui formações que vão desde as florestas mesófilas semidecíduas ao cerrado. A espécie Tabebuia serratifofia Nichols, de ocorrência natural na região, é uma espécie arbórea muito utilizada em paisagismo e arborização urbana, sendo encontrada em áreas de transição entre as duas formações citadas. T. serratifolia Nichols foi estudada quanto à frutificação, predação, pré-dispersão das sementes e estabelecimento de plântulas. O período da frutificação da espécie vai de setembro a novembro, com o final da dispersão em meados de dezembro, coincidindo com o período mais quente e úmido do ano. O comprimento médio dos frutos foi de 20,9 cm, com diâmetro médio de 1,21 cm. O número médio de sementes por fruto encontrado foi de 139. A porcentagem de sementes predadas pré-dispersão foi de 33,2%. Simulação do estabelecimento de plântulas em clareira (18%) foi maior que sob o dossel da vegetação (6%). Entretanto, a porcentagem de germinação, obtida em laboratório, das sementes deixadas no campo por 45 dias, sob o dossel (69,5%), foi maior que das sementes deixadas em clareiras (22,5% ). O conteúdo de umidade das sementes nestes dois ambientes foi de 39,4 e 33,8%, respectivamente. Observações feitas próximas às árvores matrizes selecionadas de T. serratifolia indicam que há em média 7 plântulas desta espécie por m2 , a uma distância de até 15 metros do fruto de cada árvore, porém existem apenas 0,031 planta jovem por m2, indicando que a porcentagem de recrutamento da fase plântula para planta jovem é provavelmente de 0,2%, para a condição de ocorrência dos indivíduos estudados.
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