CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA DE Handroanthus vellosoi
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.2012241381Palavras-chave:
posição axial, constituintes químicos, ipê amarelo, Handroanthus, madeiras tropicaisResumo
Os principais constituintes químicos da madeira são: celulose, hemicelulose, lignina e extrativos. O conhecimento dos teores desses constituintes permite compreender como será o comportamento da madeira como matéria-prima nos mais diversos usos. Objetivou-se determinar, na madeira de Handroanthus vellosoi (Toledo) Mattos, Bignoniaceae, os teores de extrativos em etanol/cicloexano, extrativos em água, lignina de Klason, holocelulose e cinzas. Para tanto, seis árvores foram cortadas na Estação Experimental de Luiz Antônio após 24 anos de crescimento. Do tronco de cada árvore foram retirados três discos: base do tronco, um e dois metros de altura, sendo retirada uma amostra próxima da casca para as análises químicas. Utilizaram-se os procedimentos padrão para as análises químicas da madeira. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nos teores dos constituintes químicos estudados em relação à posição axial, o que pode estar relacionado com a baixa amostragem. Apenas observando os valores obtidos a partir dos extrativos em etanol/cicloexano, extrativos em água, lignina de Klason, holocelulose e cinzas, notou-se que eles estão próximos, embora sejam um pouco diferentes daqueles citados em outros estudos para espécies de Handroanthus. Este resultado pode estar relacionado à variação entre espécies dentro do gênero, ou mesmo entre diferentes partes do tronco.
Downloads
Referências
ARAÚJO, E.L. et al. Lapachol: segurança e eficácia na terapêutica. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 12, supl., p. 57-59, 2002.
BRUNELLI, A.A.; LEAL, J.J.; LONGO, F.G. (Coord.). Madeiras: material para o design. São Paulo: SCTDE, 1997. 73 p.
CARDOSO, G.V. et al. Sampling procedure development for ash content determination using the woods of Eucalyptus saligna and Eucalyptus globulus. In: CONGRESSO ANUAL DE CELULOSE E PAPEL, 34., 2001, Santa Maria. Anais… Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2001. p. 1-7.
CARPITA, N.; McCANN, M. The cell wall. In: BUCHANAN, B.B.; GRUISSEM, W.; JONES, R.L. (Ed.). Biochemistry & molecular biology of plants. Rockville: American Society of Plant Physiologists, 2000. p. 52-109.
CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 547 p.
FREITAS, M.L.M. Variação genética para caracteres quantitativos em população de Gallesia integrifólia (Spreng.) Harms, São Paulo. Rev. Inst. Flor., v. 20, n. 2, p. 165-173, 2008.
JORDÃO, B.Q.; ANDRADE, C.G.T.J. Célula vegetal. In: JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 399 p.
LEÃO, M.M. Influência do termotratamento na composição química da madeira de amburana (Amburana cearensis), bálsamo (Myroxylon balsamum) e carvalho (Quercus sp.) e o impacto de uma solução modelo de cachaça. 2006. 85 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba.
LEPAGE, E.S. et al. Manual de preservação de madeiras. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Divisão de Madeiras, 1986. v. 1.
LIMA, S.R. et al. Estudo dos constituintes macromoleculares, extrativos voláteis e compostos fenólicos da madeira de candeia – Moquinia polymorpha (Less.). Ciência Florestal, v. 17, n. 2, p. 145-155, 2007.
LONGUI, E.L. et al. The potential of ipê (Handroanthus spp.) and maçaranduba (Manilkara spp.) woods in the manufacture of bows for string instruments. IAWA Journal, v. 31, n. 2, p. 149-160, 2010a.
______.; LOMBARDI, D.R.; ALVES, E.S. Potential Brazilian wood species for bows of string instruments. Holzforschung, v. 64, p. 511-520, 2010b.
______. et al. Relationship among extractives, lignin and holocellulose contents with performance index of seven wood species used for bows of stringed instruments. IAWA Journal, v. 33, p. 141-149, 2012.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v. 1, 394 p.
MAINIERI, C.; CHIMELO, J.P. Fichas de características das madeiras brasileiras. 2. ed. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, 1989. 418 p. (Publicação IPT 1791).
MATTHECK, C.; KLUBER, H. Wood – the internal optimization of trees. Berlin: Springer Verlag, 1995. 129 p.
MORAIS, S.A.L.; NASCIMENTO, E.A.; MELO, D.C. Análise da madeira do Pinus oocarpa parte II – caracterização estrutural da lignina de madeira moída. Revista Árvore, v. 29, p. 471-478, 2005.
MORI, C.L.S.O. et al. Caracterização da madeira de angico-vermelho (Anadenanthera peregrina (Benth) Speng) para confecção de móveis. Brasil Florestal, v. 23, p. 21-27, 2003.
NETO, P.N.M. et al. Características físico-químicas e energéticas de duas espécies de ocorrência no Semiárido Brasileiro. Ciência Florestal, v. 22, p. 579-588, 2012.
PANSHIN, A.J.; ZEEUW, C. de. Textbook of wood technology: structure, identification, properties and uses of the commercial woods of the United States and Canada. 3rd ed. New York: McGraw-Hill, 1964. 643 p.
PEREIRA, H.; GRAÇA, J.; RODRIGUES, J.C. Wood chemistry in relation to quality. In: BARNETT, J.R.; JERONIMIDIS, G. (Ed). Wood quality and its biological basis. Oxford: CRC Press, 2003. cap. 3, p. 53-86.
PERISSOTTO, D.O. Estudo comparativo das propriedades químicas de polpas Kraft convencionais e MCC de eucalipto. 2005. 113 f. Tese (Doutorado em Química Orgânica) –Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
PETTERSEN, R.C. The chemical composition of wood. In: ROWELL, R.M. (Ed.). The chemistry of solid wood. Washington, D.C.: American Chemical Society, 1984. p. 57-123. (Advances in Chemistry Series 207).
QUEIROZ, C.R.A.A. Análise da lignina e dos polifenóis da aroeira preta (Astronium urundeuva). 2001. 142 f. Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.
SILVA, J.C. et al. Influência da idade e da posição ao longo do tronco na composição química da madeira de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. Revista Árvore, v. 29, p. 455-460, 2005.
SALMÉN, L.; BERGSTRÖM, E. Cellulose structural arrangement in relation to spectral changes in tensile loading FTIR. Cellulose, 2009. Disponível em: <http://www.springerlink.com/content/f8815564w6588543>. Acesso em: 13 jun. 2009.
TAKAAKI, F.; HIROYUKI, Y.; SATORU, T. Estimation of wood stiffness and strength properties of hybrid larch by near-infrared spectroscopy. Applied Spectroscopy, v. 61, p. 150-170, 2007.
TECHNICAL ASSOCIATION OF PULP ANDPAPER INDUSTRY – TAPPI. TAPPI testmethods, standard methods for pulp and paper. Atlanta: TAPPI Press, 1992.
TOMAZELLO FILHO, M.; BARRICHELO, L.E.C.; COSTA, J.C. Análise da madeira de compressão em Pinus oocarpa e Pinus strobus var. chiapensis. IPEF, v. 31, p. 69-73, 1985.
WINANDY, J.E.; ROWELL R. Chemistry of wood strength. In: ROWELL, R. (Ed.). Handbook of wood chemistry and wood composites. Boca Raton: Taylor & Francis, 2005. p. 303-347.