CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS ÁGUAS DOS RIOS PARAIBUNA E PARAITINGA; REGIÃO DO ALTO PARAÍBA-SP

Autores

  • Francisco Carlos Soriano Arcova Instituto Florestal
  • Valdir de Cicco Instituto Florestal
  • Eliane Akiko Honda Instituto Florestal

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.2002141396

Palavras-chave:

monitoramento, características tisicas da água, bacias hidrográficas, Alto Vale do Paraíba

Resumo

Este trabalho apresenta os resultados de dois anos do monitoramento mensal das concentrações de sedimentos em suspensão, turbidez, cor aparente, oxigênio dissolvido e da temperatura das águas dos rios Paraibuna e Paraitinga, no Estado de São Paulo. Os valores médios encontrados para os dois rios foram, respectivamente - conyentração de sedimentos em suspensão: 13,0 mg.L- e 35,9 mgL1 ; turbidez: 20 FTU e 39 FTU; cor aparente: 95 UPC e 153 UPC; temperatura da água: l 7,2ºC e l 9,6ºC e oxigênio dissolvido: 9,3 mgL1 e 8,6 mg.L-1. Os maiores valores de sedimentos em suspensão, turbidez e cor na água do rio Paraitinga são indicadores de processos erosivos mais intensos nesta bacia hidrográfica. A diferença no uso e ocupação do solo é condição importante para estes resultados. A bacia hidrográfica do rio Paraitinga encontra-se ocupada majontariamente por pastagens desradadas, enquanto a bacia do rio Paraibuna esta melhor protegida por remanescentes de floresta natural. O clima mais quente, o maior tempo de residência da água na rede de canais da bacia e a ausência de matas ciliares contribuem para que as temperaturas da água sejam mais elevadas no rio Paraitinga. As maiores concentrações de oxigênio no rio Paraibuna são conseqüências das menores temperaturas da água e da maior capacidade de aeração, resultado de quedas d'água e corredeiras em grande quantidade ao longo do curso d'água.

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Publicado

2002-06-07

Como Citar

ARCOVA, F. C. S.; CICCO, V. de; HONDA, E. A. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS ÁGUAS DOS RIOS PARAIBUNA E PARAITINGA; REGIÃO DO ALTO PARAÍBA-SP. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 1–12, 2002. DOI: 10.24278/2178-5031.2002141396. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/396. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos