COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DO PARQUE ESTADUAL MATA SÃO FRANCISCO
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.1999111511Palavras-chave:
fitossociologia, florística, fragmento florestal, norte do Paraná, manejo florestalResumo
O maior remanescente da biodiversidade da floresta perenifólia estacionai de baixa altitude, localizado no extremo norte do Paraná, entre os municípios de Santa Mariana e Cornélia Procópio, Paraná, 23º 15'39"S e 50º 45'45'W, necessita de um plano de recuperação e manutenção. Devido à sua transformação em Parque Estadual pelo Decreto Estadual n º 4333/94, diminuíram alguns problemas como exploração madeireira, caçadores e fogo, que consistiam em ameaças constantes. Visando contriouir com sua recuperação, realizou-se um levantamento de sua composição florística e fitossociológica, para caractenzá-lo quanto à sua fisionomia e espécies principais e fornecer informações sobre fonologia. A área amostral foi de 25000 m 2 , com parcelas de 200 m 2 Estimaram-se 806,4 indivíduos por hectare, identificados em 36 famílias botânicas, abrangendo 69 gêneros e 85 espécies. Para cada espécie foram estimadas, freqüência, abundância, dominância relativas, lndice ôe Valor de Importância, e registrada a época de florescimento e frutificação, observada no período de 1994 a 1997. A Mata São Francisco apresenta indícios de denção, detectada pelos maiores índices de importancia, 9ue foram atribuídos a espécies dos primeiros estádios sucessionais, pelos baixos índices de importância ou ausência de mdivíduos de algumas famílias, como Myrtaceae, que figura como uma das famílias mais importantes em outros fragmentos da região. Outros indicadores da degradação podem ser a ausência de gradiente de conservação crescente no sentido borda interior, distribuição diamétrica irregular de espécies comó Aspidosperma polyneuron M. Arg., com ausência de indivíduos em algumas classes de diâmetro, indicando o corte seletivo, e, finalmente, pela presença de taquara (Lasiacis sp ), em 57,6% da área amostrada, que dificultam a regeneração natural. No entanto, esse fragmento encontra-se em fase de recuperação, que pode ser acelerada por um plano de manejo, visando como medidas mais urgentes o enriquecimento de clareiras com espécies pioneiras e secundárias, plantio de quebra-ventos em toda a borda e maneJo de cipós e taquara.
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