INCÊNDIOS DE 1986 E 1987 NOS PARQUES ESTADUAIS DO INSTITUTO FLORESTAL DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.2000121528Palavras-chave:
florestas estaduais, incêndios florestais, comportamento do fogo, modelo matemáticoResumo
O trabalho reporta-se a um diagnóstico sobre os incêndios ocorridos na rede de parques estaduais do Instituto Florestal do Estado de São Paulo durante os anos de 1986 e 1987.Um total de 18 ocorrências foi assinalado no período de junho a setembro de 1986 e de junho a novembro de 1987, atingindo uma área total de 197,66 hectares. Ocorreu interdependência entre área total queimada (y) e período de duração do incêndio (x), segundo o modelo matemático de regressão linear: y = 0,04058167x - 2,16985478 .............. (1). Ocorreu também associação entre área total queimada (y) e o tempo decorrido até início do ataque (x), conforme o modelo logaritimo exponencial de regressao. y - 0,00915 e 1.54282.............. (2). Não houve associação entre duração do fogo e o tempo decorrido até o início do ataque. Não houve correlação entre área total queimada ou duração do fogo e o número de combatentes dos incêndios. O inicio dos focos compreendeu a amplitude diária entre 10 e 21 horas. Campos naturais e artificiais e matas nativas foram os tipos de vegetação mais atingidos. As principais causas çlos eventos foram incendiários e queimadas para preparo do solo. As unidades localizadas nas regiões litorânea e serrana foram as mais atingidas. As ferramentas utilizadas (foices, ramos de arbustos, facões, enxadas) e as técnicas de controle empregadas evidenciam a precariedade em equipamentos de combate ao fogo, no período focalizado. Não tendo sido observada aquisição de equipamentos específicos para combate a incêndios durante o período de ôoze anos que sucedeu ao presente estuôo, ao lado do sucateamento do maquinário existente, as condições atuais de defesa florestal caracterizam-se pelo agravamento do panorama descrito no diagnóstico, inclusive levando-se em conta a redução do quadro de pessoal verificada no período, o envelhecimento dos trabalhadores remanescentes e a falta de treinamento. Esse quadro, portanto, evidencia a importância da adoção de medidas preventivas de controle do fogo, tecnicamente planejadas e executadas.
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