CARACTERÍSTICAS DO DEFLÚVIO DE DUAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO LABORA TÓRIO DE HIDROLOGIA FLORESTAL WALTER EMMERICH, CUNHA - SP

Autores

  • Francisco Carlos Sariano Arcova Instituto Florestal
  • Valdir de Cicco Instituto Florestal

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.199792608

Palavras-chave:

microbacias, escoamento diário, escoamento direto

Resumo

As curvas de duração de fluxo do escoamento diário e relações entre a precipitação e o escoamento direto das microbacias hidrográficas experimentais B e D do Laboratório de Hidrologia Florestal Engº Agrº Walter Emmerich, foram estudadas durante um período de seis anos, entre outubro de 1986 a setembro de 1992. O deflúvio médio diário durante os períodos seco e úmido foram respectivamente - microbacia B: 3,4 mm e 4,7 mm; microbacia D: 3,8 mm e 4,8 mm. O escoamento base foi o principal componente do fluxo diário de água das microbacias, abrangendo aproximadamente 90% do tempo de descarga na curva de duração de fluxo. A contribuição do escoamento direto para o deflúvio diário foi de 10% de todo o tempo de descarga. O volume de escoamento direto da microbacia B, em geral, superou o da microbacia D. Houve uma diferença marcante entre a resposta hidrológica das microbacias em função da epoca do ano. No período das chuvas a proporção de escoamento direto foi superior à venficada no período mais seco. Os fatores de resposta médios, calculados pelo quociente entre o volume de escoamento direto e a precipitação, foram - microbacia B: 0,23 e microbacia D: 0,12. A resposta hidrológica às chuvas, mais intensa na primeira microbacia, decorreu principalmente, da presença de grandes extensões de solos rasos localizados em terrenos de grande inclinação, concentrados desde as partes mais elevadas até as porções inferiores de suas vertentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BOSCH, J. M. & HEWLETT, J. D. 1982 A review of catchment experiments to determine the effeet of vegetation changes on water yield and evapotranspiration. Journal of Hydrology, Amsterdam, 55:3-23.

BRUIJNZEEL, L A. 1990 Hydro/ogy of moist tropical forests and efects of conversion: a state of knowledge review. Amsterdam, Free University Amsterdam/UNESCO, Humid Tropics Programme Publication, Free University. 224p.

CARVALHO, W. A. et ai. 1990. Levantamento de reconhecimento detalhado dos solos do Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Cunha, SP (Bacia "D"). Rev. Inst. Flor., São Paulo, 2(2): 127-155.

CHANG, M. 1982. Laboratory notes forest hydrology. Texas, School of Forestry - Stephen F. Austin Statc University. 203p.

CICCO, V. de; ARCOVA, F. C. S. & SHIMOMICHI, P. Y. 1989. Estimativa da evapotranspiração em bacia hidrográfica com floresta natural secundária de Mata Atlântica - São Paulo. Rev. Inst. Flor., São Paulo, 1(2):43-54.

CICCO, V. de & FUJIEDA, M. 1 992. Pesquisa em manejo de bacias hidrográficas em São Paulo. ln: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 2, São Paulo, mar./abr. 29-3, 1992. Anais... Rev. Inst. Flor., São Paulo, 4:808-815. Pt. 3. (Edição Especial)

DOMINGUES, E. N. & FURIAN, S. M. 1995. Geomorfologia/geologia. Bacia do ribeirão do Barracão - Núcleo Cunha - P.E.S.M. ln: CURSO INTERNACIONAL SOBRE MANEJO FLORESTAL EM BACIAS HIDROGRÁFICAS, 1, São Paulo, nov./dez. 8-13, 1995 . São Paulo, Instituto Florestal. 5p.

FRANKEN, W. & LEOPOLDO, P. R. 1986/87. Relações entre fluxos de água subterrânea e superficial em bacia hidrográfica caracterizada por cobertura florestal amazônica., Acta Amazônica, Manaus, 16/17:253-262.

FUJIEDA, M.; KUDOH, T. & MASHIMA, Y. 1993. Hydrological processes in the Serra do Mar, São Paulo, Brazil. ln: HYDROLOGY OF WARM HUMID REGIONS, Yokohama, July, 1 993. Proceedings... Intemational Association of Hydrological Sciences. p. 43-51. (Publication, 216)

FURIAN, S. M. & PFEIFER, R. M. 1 986. Levantamento de reconhecimento do meio fisico do Núcleo Cunha, SP. Boi. Técn. IF, São Paulo, 40(2): 1 83-193.

FURIAN, S. M. 1 987. Estudo geomorfológico do escoamento superficial em parcelas experimentais no Parque Estadual da Serra do Mar - Núcleo Cunha / SP; um esboço metodológico. São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. l 87p. (Dissertação de Mestrado)

HEWLETT, J. D. 1 982. Principies of forest hydrology. Athens, The University of Georgia Press. 183p.

HIBBERT, A. R. & TROENDLE, C. A. 1 988. Streamflow generation by variable source area. ln: SWANK, W. T. & CROSSLEY Jr., D. A. (eds.) Forest hydrology and ecology at Coweeta. New York, Springer-Verlag. cap. 8. p. 1 1 1-127.

JICA -JAP AN INTERNATIONAL COOPERATION AGENCY. 1980. Report of implementation design survey on the Japanese technical cooperation project for the forestry research in São Paulo, Brazil. São Paulo, Japan International Cooperation Agency. 284p.

____ . 1986. Synthetic report ofthe japanese technical cooperation project for the forestry research in São Paulo, Brazil. São Paulo, Japan International Cooperation Agency. 555p.

LEE, R. 1 980. Forest hydrology. New York, Columbia University Press. 349p.

LEITÃO FILHO, H. de F. 1982. Aspectos taxonômicos das florestas do Estado de São Paulo. ln: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, Campos do Jordão-SP, set. 12-18, 1982. Anais ... Silvic. S. Paulo, São Paulo, 16A:197-206. Pt. 1. (Edição Especial)

PRANDINI, F. L. et ai. O uso e ocupação do solo no Alto Paraíba (I). Contribuição ao conhecimento de sua evolução. ln: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, Campos do Jordão-SP, set. 12-18, 1982. Anais ... Silvic. S. Paulo, São Paulo, 16A:1929-1935. Pt. 3. (Edição Especial)

SCARDUA, F. P. 1994. Caracterização hidrológica de uma microbacia hidrográfica da Estação Experimental de Ciências Florestais de ltatinga, ESALQIUSP. Piracicaba, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São -Paulo. 94p. (Dissertação de Mestrado)

SEARCY, J. K. 1959. Flow-duration curves. Washington, Geological Survey Water. 33p. (Paper, 1542-A)

SHIMIZU, T. 1983. Forest watershe experiments in Japan. JARQ, Tsukuba, 16(4):281-286.

SWIFT Jr., L. W.; CUNNINGHAM, G. B. & DOUGLAS, J. E. 1988. Climatology and hydrology. ln: SW ANK, W. T. & CROSSLEY Jr., D. A (eds.) Forest hydrology and ecology at Coweeta. New York, Springer-Verlag. cap. 3. p. 35-55.

WHITEHEAD, P. G. & ROBINSON, M. 1993. Experimental basin studies - an international and historical perspective of forest impact. Journal ofHydrology, Amsterdam, 145:217-230.

Downloads

Publicado

1997-12-10

Como Citar

ARCOVA, Francisco Carlos Sariano; CICCO, Valdir de. CARACTERÍSTICAS DO DEFLÚVIO DE DUAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO LABORA TÓRIO DE HIDROLOGIA FLORESTAL WALTER EMMERICH, CUNHA - SP. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 153–170, 1997. DOI: 10.24278/2178-5031.199792608. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/608. Acesso em: 2 ago. 2025.

Edição

Seção

Artigos Científicos