VILA DE PICINGUABA : O CASO DE UMA COMUNIDADE CAlÇARA NO INTERIOR DE UMA ÁREA PROTEGIDA

Autores

  • L. P. Vianna Instituto Florestal
  • M. C. W. Brito Instituto Florestal/Pró-Reitoria de Pesquisas da USP

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.199244700

Palavras-chave:

Áreas protegidas,, radição/mudança, diversidade cultural, planejamento, participação, rescimento ocupacional

Resumo

A Vila de Picinguaba no município de Ubatuba, Estado de São Paulo, está desde 1979 situada no interior do Parque Estadual da Serra do Mar, no denominado Núcleo Picinguaba. Este Núcleo tem aproximadamente 8.000 ha e é a única região do parque que chega até o mar. Originalmente, a vila era de pescadores artesanais, que detêm características culturais específicas. Nos últimos 15 anos, houve um processo de crescimento e transformação desta vila, o que vem descaracterizando a cultura local, ameaçando os objetivos de implantação do parque e degenerando a qualidade de vida de seus habitantes. Como retrato desta situação, temos hoje que 51,9% das edificações domiciliares são de propriedade de turistas. Para que houvesse 'tJma discussão conjunta, entre a população habitante da vila e o Instituto Florestal, das propostas de manejo para a área foram realizados dois diagnósticos (ambiental e de ocupação) e o seminário: "Vila de Picinguaba: Propostas para seu desenvolvimento e preservação" O trabalho aqui apresentado visa apontar as possibilidades de manejo desta área, considerando as finalidades conservacionistas de um parque estadual e a importância de se possibilitar a expressão de aspectos culturais tradicionais, ainda existentes no Estado de São Paulo.

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Biografia do Autor

L. P. Vianna, Instituto Florestal

Depto. de Antropologia, USP.

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Publicado

1992-12-19

Como Citar

VIANNA, L. P.; BRITO, M. C. W. VILA DE PICINGUABA : O CASO DE UMA COMUNIDADE CAlÇARA NO INTERIOR DE UMA ÁREA PROTEGIDA. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 1067–1073, 1992. DOI: 10.24278/2178-5031.199244700. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/700. Acesso em: 18 set. 2024.