PH E UMIDADE DO SOLO NÃO EXPLICAM A MONTAGEM DA COMUNIDADE VEGETAL DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL EM REGENERAÇÃO APÓS SILVICULTURA
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.201931101Palavras-chave:
Filtro abiótico, Mata Atlântica, Regeneração forestal, Sucessão secundáriaResumo
A foresta estacional semidecidual constitui uma das formações mais impactadas na Mata Atlântica, demandando informações ecológicas para sua restauração. O presente trabalho objetivou avaliar se a composição forística e a estrutura (diâmetro médio, altura média e número de indivíduos) da vegetação de estádio sucessional inicial em foresta estacional semidecidual são infuenciadas pelo pH e umidade atual do solo em escala local. A amostragem sistemática consistiu em 34 parcelas de 10 m2 cada instaladas em 2,25 ha de vegetação regenerante em área anteriormente ocupada por plantação forestal que sofreu corte raso em 2009. Os indivíduos com diâmetro do caule igual ou maior que 1 cm a uma altura de 0,8 m foram medidos em altura e perímetro, coletados e identifcados. Amostras de solo foram coletadas na profundidade de 0-20 cm para determinação do pH e da umidade. Foram contabilizados 364 indivíduos pertencentes a 62 espécies e 27 famílias. As espécies mais abundantes foram Casearia sylvestris Sw. Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Maccbr. e Croton foribundus Spreng.. A porção superior da vertente apresentou maior acidez e menor umidade. Análises de Correspondência Canônica e correlações de Spearman revelaram ausência de correlação signifcativa entre as variáveis edáfcas e, respectivamente, a composição forística e a estrutura da vegetação. Conclui-se que a montagem da comunidade não foi infuenciada pelo pH e umidade atual do solo, variáveis ambientais que ordinariamente se destacam na montagem de comunidades maduras, sugerindo que as características do solo analisadas podem não constituir fltros ambientais importantes nos estádios sucessionais iniciais.
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