A IMPORTÂNCIA DE AMOSTRAR ÁREAS ANTROPIZADAS DE MATA ATLÂNTICA PARA NOVOS REGISTROS DE ESPÉCIES LENHOSAS

Autores

  • Lucas Costa Monteiro Lopes Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Thiago Azevedo Amorim Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Laís Barbaliolí Macedo Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Bruno Henrique Pimentel Rosado Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.201931107

Palavras-chave:

Artocarpus heterophyllus, Biologia da Invasão, espécies endêmicas, espécies exóticas invasoras

Resumo

Estudos ftossociológicos são importantes para o conhecimento dos padrões de biodiversidade e ajudam a elucidar a distribuição e abundância das espécies. Objetivamos quantifcar o componente lenhoso em áreas que tiveram evidentes impactos antrópicos e presença de espécies exóticas e invasoras na Ilha Grande, estado do Rio de Janeiro, Brasil. O componente arbustivo-arbóreo com Diâmetro a Altura do Peito - DAP ≥ 5cm foi quantifcado por meio de 16 parcelas circulares com 15m de raio, das quais oito com presença da espécie invasora Artocarpus heterophyllus Lam. Foram identifcadas 19 novas ocorrências para Ilha Grande-RJ e duas espécies endêmicas do estado do Rio de Janeiro. Concluímos a necessidade de estudos quantitativos em áreas antropizadas, pois estas também podem conservar a biodiversidade e são negligenciadas em estudos forísticos e ftossociológicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Costa Monteiro Lopes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução

Thiago Azevedo Amorim, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Departamento de Botânica

Laís Barbaliolí Macedo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Departamento de Ecologia

Bruno Henrique Pimentel Rosado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução

Referências

ALVES, M.A.S. et al. New records of bird species from Ilha Grande, state of Rio de Janeiro, southeastern Brazil. Check List, v. 12, n. 6, p. 1-11, 2016.

ARAUJO, D.S.D.; OLIVEIRA, R.R. Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul (Ilha Grande, Estado do Rio de Janeiro): Lista Preliminar da Flora. Acta Botanica Brasilica, v. 1, n. 2, p. 83-94, 1988.

ASSUMPÇÃO, J.; NASCIMENTO, M.T. Estrutura e composição forística de quatro formações vegetais de restinga no complexo lagunar Grussaí/Iquipari, São João da Barra, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.14, n. 3, p. 301-315, 2000.

BERGALLO, H.G. et al. Invasion by Artocarpus heterophyllus (Moraceae) in an island in the Atlantic Forest Biome, Brazil: distribution at the landscape level, density and need for control. Journal of Costal Conservation, v. 20, n. 1, p. 1-8, 2016.

CALLADO, C.H. et al. Flora e Cobertura Vegetal. In: BASTOS, M. et al. (Ed.). O Ambiente da Ilha Grande. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável - CEADS, 2009. p. 91-162.

CARVALHO, C. Flora: Tools for Interacting with the Brazilian Flora 2020. R package version 0.2.8. http://CRAN.R-project.org/package=fora. 2017.

D’ANTONIO, C.; MEYERSON, L. Exotic Plant Species as Problems and Solutions in Ecological Restoration: A Synthesis. Restoration Ecology, v. 10, n. 4, p. 703–713, 2002.

ESBÉRARD, C.E.L. et al. Morcegos da Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ, Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Zoociências, v. 8, n. 2, p. 147-153, 2009.

FORZZA, R.C. et al. New Brazilian foristic list highlights conservation challenges. BioScience, v. 62, n. 1, p. 39-45, 2012.

______. et al. Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available at: <http://foradobrasil.jbrj.gov.br/2012/>. Accessed in: 30 jan. 2017.

HOBBS, R.J. et al. Novel ecosystems: theoretical and management aspects of the new ecological world order. Global Ecology and Biogeography, v. 15, p. 1-7, 2006.

JABOT - Banco de Dados da Flora Brasileira.

JBRJ - Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available at: <http://www.jbrj.gov.br/jabot>. Accessed in: 26 jan 2017.

LOPES, L.C.M.; MARIANO-NETO, E.; AMORIM, A.M.A. Estrutura e composição forística da comunidade lenhosa do sub-bosque em uma foresta Tropical no Brasil. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, v. 37, n. 4, p. 361-391, 2015.

LUGO, A.E. The outcome of alien tree invasions in Puerto Rico. Frontier Ecology Environment, v. 2, n. 5, p. 265–273, 2004.

MARQUES, M.C.M. et al. Mata Atlântica – O Desafo de transformar um passado de devastação em um futuro de conhecimento e conservação. In: PEIXOTO, A.L. et al. (Ed.). Conhecendo a Biodiversidade. Brasília: Ministério de Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações: Editora Vozes, 2016. p. 50-67.

MARTINI, A.M.Z. et al. A hot-point within a hot-spot: a high diversity site in Brazil’s Atlantic Forest. Biodiversity and Conservation, v. 16, n. 11, p. 3111-3128, 2007.

MORIM, M.P. Pseudopiptadenia. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2015. Available at: <http://foradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/foradobrasil/FB23130>. Accessed in: 26 jan 2017.

MORO, M.F. et al. Alienígenas na sala: o que fazer com espécies exóticas em trabalhos de taxonomia, forística e ftossociologia? Acta Botanica Brasilica, v. 26, n. 4, p. 991-999. 2012.

MYERS, N. et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403, n. 6772, p. 853-858, 2000.

OLIVEIRA, R.R. Ação antrópica e resultantes sobre a estrutura e composição da Mata Atlântica na Ilha Grande, RJ. Rodriguesia, v. 53, n. 82, p. 33-58, 2002.

OLIVEIRA-FILHO, A.T.; FONTES, M.A.L. Patterns of foristic differentation among Atlantic Forest in south-eastern Brazil, and the infuence of climate. Biotropica, v. 32, n. 4b, p. 793-810, 2000.

PYŠEK, P. et al. Alien plants in checklists and foras: towards better communication between taxonomists and ecologists. 2004. Taxon, v. 53, p. 131-143, 2004.

R CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. URL< https://www.R-project.org/.> 2015.

RIBEIRO, M.C. et al. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation, v. 142, n. 6, p. 1141-1153, 2009.

RICHARDSON, D.M. et al. Naturalization and invasion of alien plants: concepts and definitions. Diversity and Distribution, v. 6, n. 2, p. 93-107, 2000.

ROCHA, C.F.D. et al. A Fauna de ambientes anteriores. In: BASTOS, M. et al. (Ed.). O Ambiente da Ilha Grande. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável - CEADS, 2009. p. 163-246.

SCARANO, F.R. Structure, function and foristic relationships of plant communities in stressful habitats marginal to the Brazilian Atlantic rainforest. Annals of Botany, v. 90, p. 517-524, 2002.

______. Prioridades para Conservação: a linha tênue que separa teorias e dogmas. In: ROCHA, C.F.D. et al. (Ed.). Biologia da Conservação: Essências. São Carlos: Editora RIMA, 2006. p. 299-313.

______.; CEOTTO, P. Brazilian Atlantic forest: impact, vulnerability, and adaptation to climate change. Biodiversity and Conservation, v. 24, p. 2319–2331, 2015.

SMITH, N.P. et al. Conservation assessment of Lecythidaceae from eastern Brazil. Kew Bulletim, v. 71, n. 1, p. 1-19, 2016.

ZAPPI, D.C. et al. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguesia, v. 66, n. 4, p. 1085-1113, 2015.

Downloads

Publicado

2019-01-27

Como Citar

LOPES, L. C. M.; AMORIM, T. A.; MACEDO, L. B.; ROSADO, B. H. P. A IMPORTÂNCIA DE AMOSTRAR ÁREAS ANTROPIZADAS DE MATA ATLÂNTICA PARA NOVOS REGISTROS DE ESPÉCIES LENHOSAS. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 75–80, 2019. DOI: 10.24278/2178-5031.201931107. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/82. Acesso em: 26 abr. 2025.

Edição

Seção

Notas Científicas