INCREMENTO MÉDIO ANUAL, DENSIDADE DA MADEIRA E DIÂMETRO DOS VASOS DE Balfourodendron riedellianum E Peltophorum dubium EM PLANTIO HETEROGÊNEO COM 42 ANOS DE IDADE
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.201830201Palavras-chave:
canafístula, pau-marfim, plantio de nativas, volume de madeiraResumo
O conhecimento da madeira de espécies potencialmente produtoras é desejável para propor a ampliação da oferta deste produto em forma de plantios a fim de evitar a sua exploração ilegal de madeira de florestas nativas. Avaliamos o incremento médio anual, densidade e diâmetro dos vasos da madeira de Balfourodendron riedelianum e Peltophorum dubium em um plantio heterogêneo aos 42 anos de idade. Selecionamos essas espécies por pertencerem a diferentes grupos sucessionais, sendo B. riedelianum, uma secundária tardia e P. dubium, uma pioneira. Objetivamos determinar e comparar características de crescimento e relacioná-las com a densidade e diâmetro dos vasos da madeira. Nossos resultados demostram que P. dubium apresentou maior incremento médio anual do que B. riedelianum, sendo essa diferença relacionada diretamente ao grupo sucessional. Adicionalmente tais diferenças estão relacionadas às variações estruturais, com vasos de menor diâmetro em B. riedelianum comparada a P. dubium, e madeira mais densa em B. riedelianum, quer seja pelo crescimento mais lento, linha de raciocínio mais empregada atualmente ou por uma proposta alternativa, em que espécies climácicas ou longevas tendem a apresentar madeira mais densa, enquanto que espécies pioneiras possuem madeira mais leve comparada à outros grupos sucessionais. Se um produtor madeireiro deseja maior produtividade, com ciclo mais rápido a espécie indicada seria P. dubium, enquanto que se a escolha for por madeira mais densa e resistente, embora com ciclo mais longo a indicação é B. riedelianum. Ressaltamos que as espécies podem ser plantadas juntas permitindo um ciclo mais longo com a obtenção de madeiras em diferentes períodos e com características distintas.
Downloads
Referências
ASSAD, A.A.V. Effect of seed provenances on annual increment, physicomechanical properties and anatomical features of 30-year-old Balfourodendron riedelianum wood. 2017. 54 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento e uso de recursos renováveis) - Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba.
BLANCHEZ, J.L. Forest resources and roundwood supply In The Asia Pacific Countries: Situation and outlook to the year 2010. Asia-Pacific Forestry Sector Outlook Study Working Paper Series. Working Paper No.: APFSOS/WP/17, 2010. 151 p.
CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
DURIGAN, G.; NOGUEIRA, J.C.B. Recomposição de matas ciliares. IF Série Registros, n. 4, p. 1-14, 1990.
DURIGAN, G. et al. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora Gráfica, 2ª ED, 2002. 65p
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA. Árvores do conhecimento: eucalipto – espaçamento.2018. Available at: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/eucalipto/arvore/CONTAG01_49_2572006132315.html>. Acess on: 17 jan. 2018.
FAN, Z.X. et al. Hydraulic conductivity traits predict growth rates and adult stature of 40 Asian tropical tree species better than wood density. Journal of Ecology, v. 100, p. 732-741, 2012.
GALÃO, A.T.D. Incremento médio anual, anatomia e propriedades físicas e mecânicas da madeira de Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. com sementes de duas procedências. 2017. 71 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) Universidade Estadual Paulista, Botucatu.
GLASS, S.; ZELINKA, S.L. Moisture relations and physical properties of wood. In: ROSS, R (Ed.). Wood handbook – wood as an engineering material. 100th ed. Madison: Centennial Edition.U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Forest Products Laboratory, 2010. p. 4.1-4.19.(General Technical Report FPL-GTR-190).
GURGEL FILHO, O.A.; VEIGA, A.A.; NOGUEIRA, J.C.B. Espécies Indígenas. Coordenadoria da Pesquisa de Recursos Naturais -Instituto Florestal, 1974. 76 p.
GURGEL FILHO, O.A.; MORAES, J.L.; GARRIDO, L.M.A.G. Silvicultura de essências indígenas sob povoamentos homóclitos coletâneos experimentais. VI - Pau marfim Balfourodendron riedelianum Eng.). In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 1982, Campos do Jordão. Anais... São Paulo: Instituto Florestal, 1982a. Silvicultura em São Paulo, v.16A, parte 2, p. 867-872.
GURGEL FILHO, O.A.; MORAES, J.L.; GARRIDO, L.M.AG. Silvicultura de essências indígenas sob povoamentos homóclitos coetâneos experimentais 1I1-lbirá (Peltophorum vogeilanum Benth.). In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 1982, Campos do Jordão. Anais... São Paulo: Instituto Florestal, 1982b. Silvicultura em São Paulo, v. 16A, parte 2, p. 852-856.
GURGEL-GARRIDO, L.M.A. et al. Programa de melhoramento genético florestal do Instituto Florestal. IF Série Registros, n. 18, p. 1-53, 1997.
HACKE, U.G.; SPERRY J.S.; PITTERMANN J. Efficiency versus safety tradeoffs for water conduction in angiosperm vessels versus gymnosperm tracheids. In: HOLBROOK, N.M.; ZWIENNIECKI, M.A. (eds.). Vascular transport in plants. Amsterdam: Elsevier Incorporated, 2005.p. 333‑354.
HIGUCHI, N. Tabelas de volume para povoamentos nativos de canafístula (Leguminosae), cedro (Meliaceae), pau marfim (Rutaceae) e canelas (Lauraceae), no extremo oeste paranaense. 1978. 76 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal), Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
HOADLEY, B. Understanding wood: a craftsman’s guide to wood technology. 2nd ed. Newtown: Taunton Press. 2000. 280 p.
IAWA COMMITTEE. IAWA list of microscopic features for hardwood identification. IAWA Bulletin n.s., v. 3, n. 10, p. 219-332, 1989.
JOHANSEN, D.A. Plant microtecniques. New York: McGraw-Hill, 1940. 523 p.
LARJAVAARA, M.; MULLER-LANDAU, H. Rethinking the value of high wood density. Functional Ecology, v. 24, p. 701-705, 2010
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e cultivos de plantas arbóreas do Brasil. Nova Odessa, SP: 2ª Ed. Plantarum, 2002, 386 p.
MAINIERI, C.; CHIMELO, J.P. Fichas de características das madeiras brasileiras. 2. ed. São Paulo: IPT, 1989. 418 p.
MCELRONE, A.J.; MCELRONE , A.J. et al.Variation in xylem structure and function in stems and roots of trees to 20 m depth. New Phytologist, v. 163, p. 507-517, 2004.
MEINZER, F.C. et al. The blindmen and the elephant: the impact of context and scale in evaluating conflicts between plant hydraulic safety and efficiency. Oecologia, v. 164, p. 287-296, 2010.
MULLER-LANDAU, H.C. Interspecific and inter-site variation in wood specific gravity of tropical trees. Biotropica, v. 36, p. 20-32. 2004.
PIRANI, J.R.; GROPPO, M.; DIAS, P. 2017. Rutaceae. In: Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available at:<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB343>. Access on: 10 june 2017.
REITZ, R.; KLEIN, R.M.; REIS, A. Projeto madeira de Santa Catarina. Sellowia, n. 28/30, p. 3-320, 1978.
ROSSI, L.M.B.; AZEVEDO, C.P.; SOUZA, C.R. Acacia mangium. Manaus: Embrapa Amazônia Ocidental, 29 p.: il. color. - (Embrapa Amazônia Ocidental. Documentos; 28). 2003.
SILVA, T.S.; RANDO, J.G.; CARVALHO, D.A.S. 2017. Peltophorum In: Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available at: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB83567>. Access on: 12 june 2017.
WADSWORTH, F.H. Forest Production for Tropical America. Washington, DC, MD: USDA Forest Service. 1997. 563 p.
WEBB, D.B. et al. A Guide to Species Selection for Tropical and Sub-Tropical Plantations. Oxford, UK: Tropical Forestry Papers No. 15. Commonwealth Forestry Institute, 1984. 256 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.