MORFOMÉTRIA DE FRUTOS E SEMENTES E EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE Sorocea guilleminiana Gaudich. MORACEAE

Autores

  • Ednéia Araújo dos Santos
  • Romário de Mesquita Pinheiro Universidade Federal de Pelotas
  • Evandro José Linhares Ferreira Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.201830206

Palavras-chave:

Amazônia, espécie nativa, propagação

Resumo

Devido à grande diversidade de plantas na Amazônia, os estudos para preservação e propagação de muitas espécies ainda são incipientes e por isso a sua caracterização pode corroborar na preservação e evitar processos de extinção. O objetivo desse trabalho foi avaliar as estimativas morfométricas dos racemos, frutos e sementes, e as características da emergência das plântulas de Sorocea guilleminiana Gaudich., uma espécie florestal nativa. Os frutos apresentaram peso, comprimento e diâmetro médios de 0,787 g, 10,62 mm e 9,78 mm, respectivamente. O peso, comprimento, largura e espessura média das sementes foram de 0,271 g, 8,19 mm, 7,62 mm e 5,69 mm. A maior correlação das características biométricas foi entre o peso e a polpa do fruto (r = 0,9185). O percentual de água das sementes foi de 45,64%. A emergência iniciou 26 dias após a semeadura e se estendeu por mais 53 dias. A velocidade de germinação foi 0,03, o tempo médio de emergência foi de 34 dias e o percentual médio de emergência 27%. Os parâmetros biométricos apontaram que grandes racemos têm quantidades elevadas de frutos e, consequentemente, mais polpa. A semente representa menos da metade da massa do fruto. A emergência é lenta e irregular e apresentou baixo percentual de plântulas emergidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ednéia Araújo dos Santos

Mestra em Botânica, Rio Branco, Acre, Brasil

Romário de Mesquita Pinheiro, Universidade Federal de Pelotas

Doutorando em Ciência e Tecnologia de Sementes, Universidade Federal de Pelotas - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel

Evandro José Linhares Ferreira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Doutor em Botânica, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA

Referências

ACRE. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre. Zoneamento ecológico-econômico do Acre fase II: Documento Síntese – Escala 1:250.000. Rio Branco-Acre: Secretaria de Estado de Meio Ambiente-SEMA, 2006. 356 p.

ACRE. Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre. Rio Branco, Acre: Secretaria de Estado de Meio Ambiente-SEMA, 2012. 242 p.

Ayres, M. et al . Biostat 5.0: Aplicações estatísticas nas áreas das ciências biológicas e médicas. Brasília: Sociedade Civil Mamirauá (MCT-CNPq), 2007. 364 p. 1 CD-ROM.

BATTILANI, J.L.; SANTIAGO, E.F.; DIAS, E. S. Morfologia de frutos, sementes, plântulas e plantas jovens de Guibourtia hymenifolia (Moric.) J. Leonard (Fabaceae). Revista Árvore, v. 35, n. 5, p. 1089-1098, 2011.

BERG, C.C. Moreae, Artocarpeae, and Dorstenia(Moraceae) with introductions to the family and Ficus and with additions and corrections to Flora Neotropica Monograph 7. Flora Neotropica Monograph, v. 83, p. 1-346, 2001.

BIESKIA, I.G.C. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. Journal of Ethnopharmacology, v. 173, p. 383-423, 2016.

BRAKO, ZARUCCHI, J.L. (eds.). Catalogue of the Flowering Plants and Gymnosperms of Peru. Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden, v. 45, p. 1-1286, 1993.

BRASIL. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 399p.

BRASIL. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Sorocea. In: Catálogo de plantas e fungos do Brasil, v. 2, p. 1294-1295. Forzza, R. C. et al. (Organizadores). Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 827 p.

BRITO, M.R.; VALLE, L. S. Plantas medicinais utilizadas na comunidade caiçara da Praia do Sono, Paraty, Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 25, n. 2, p. 363-372, 2011.

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. 593 p.

CARVALHO, J.E.U. de; MÜLLER, C. H. Biometria e rendimento percentual de polpa de frutas nativas da Amazônia. Comunicado Técnico, n. 139, p. 3, 2005.

CHRISTRO, L.F. et al. Biometric analysis of seeds of genotypes of physic nut (Jatropha curcas L.). Agropecuária Científica no Semiárido, v. 8, n. 1, p. 01-03, 2012.

COSTA, R.S.; et al. Aspectos morfológicos e influência de tamanho da semente na germinação de jambeiro vermelho. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 28, n. 1, p. 117-120, 2006.

CRUZ, E.D.; MARTINS, F.O.; CARVALHO, J.E. U. Biometria de frutos e sementes e germinação de jatobá-curuba (Hymenaea intermedia Ducke), Leguminosae – Caesalpinioideae. Revista Brasileira de Botânica, v. 24, n. 2, p. 161-165, 2001.

ELIAS, G.A.; SANTOS, R. Produtos florestais não madeireiros e valor potencial de exploração sustentável da Floresta Atlântica no Sul de

Santa Catarina. Ciência Florestal, v. 26, n. 1, p. 249-262, 2016.

FERREIRA, C.D. et al. Avaliações biométricas e germinação de sementes de Coaçu (Triplaris surinamensis Cham.). Revista Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias, v. 5, n. 1, p. 147-162, 2012.

FERREIRA, P.I. et al. Potencial Terapêutico de Espécies Arbóreas em Fragmentos de Floresta Ombrófila Mista. Floresta e Ambiente, v. 23, n. 1, p. 21-32, 2016.

GUARIM NETO, G.O Saber Tradicional Pantaneiro: As Plantas Medicinais e a Educação Ambiental. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 17, p. 71-89, 2006.

HERBÁRIO NY. Sorocea guilleminiana. The NewYork Botanical Garden ‘C. V. Starr Virtual Herbarium, 2016.

JØRGENSEN, P.M.; LEÓN-YÁNEZ, S. (eds.). Cat. Vasc. Pl. Ecuador. Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden, v. 75, p. 1-1181, 1999.

JORGENSEN, P.M.; NEE, M.H.; BECK, S.G. (eds.) Cat. Pl. Vasc. Bolivia. Monographs in Systematic Botany from the Missouri Botanical Garden, v. 127, n. 1–2, p. 1-1744, 2014.

KLEIN, J. et al. Efeito do tamanho da semente na emergência e desenvolvimento inicial de mudas de pitangueira (Eugenia uniflora L.). Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. 2, p. 861-863, 2007.

LABOURIAU, L.G.; AGUDO, M. On the physiology of seed germination in Salvia hispanica L. I. Temperature effects. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 59, n. 1, p. 37-56, 1987.

LEITÃO, F.et al. Medicinal plants traded in theopen-air markets in the State of Rio de Janeiro, Brazil: an overview on their botanical diversity and toxicological potential. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 24, n. 2, p. 225-247, 2014.

LEONHARDT, C. et al. Comportamento germinativo de sementes de Sorocea bonplandii (Baill.) W.C. Burger, Lanjouw & Boer – Moraceae. Iheringia, Série Botânica, v. 66, n. 1, p. 133-138, 2011.

Downloads

Publicado

2018-12-20

Como Citar

SANTOS, E. A. dos; PINHEIRO, R. de M.; FERREIRA, E. J. L. MORFOMÉTRIA DE FRUTOS E SEMENTES E EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE Sorocea guilleminiana Gaudich. MORACEAE. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 171–181, 2018. DOI: 10.24278/2178-5031.201830206. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/849. Acesso em: 1 jun. 2025.

Edição

Seção

Notas Científicas