SAMAMBAIAS E LICÓFITAS DE PILAR DO SUL, SP, BRASIL

Autores

  • Frederico Fregolente Faracco Mazzieiro Instituto Pró-Terra
  • Luciana Aparecida Giacomini Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio
  • João Alberto de Souza Ribeiro Instituto Termodiagnose

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.202335103

Palavras-chave:

Floresta Atlântica, Polypodiaceae, riqueza, biodiversidade, taxonomia

Resumo

Apresenta-se o levantamento florístico de samambaias e licófitas em duas áreas de Floresta Ombrófila Densa, no município de Pilar do Sul, estado de São Paulo, seus aspectos ecológicos e uma chave para a identificação das espécies. Os remanescentes de vegetação estudados encontram-se inseridos em matriz silvicultural (Eucalyptus spp.), localizados às margens de cursos d’água, são secundários e, em sua maioria, em estágio médio de regeneração natural. Para as duas áreas foram registradas 112 espécies, distribuídas em 61 gêneros e 20 famílias. As famílias Polypodiaceae, Dryopteridaceae e Thelypteridaceae foram as mais representativas, assim como os gêneros Amauropelta, Cyathea e Pteris. As espécies herbáceas e terrícolas foram as mais comuns entre as formas de vida e substrato, bem como as espécies neotropicais foram mais frequentes em relação à distribuição geográfica. Portanto, mesmo áreas secundárias, circundadas por matriz antrópica, podem abrigar um elevado número de espécies de samambaias e licófitas. A proteção e conservação destes remanescentes são importantes para a sobrevivência destas populações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVARES, C.A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2014.

CLIMATE-DATA. Climate-Date.org: clima de Pilar do Sul. Disponível em: <https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao-paulo/pilar-do-sul-34782/>. Acesso em: 01 jun. 2022.

COLLETA, G.D. et al. Vascular flora of the Legado das Águas, Reserva Votorantim, municipalities of Tapiraí, Miracatú and Juquiá, São Paulo, Brazil. Checklist, v. 12, n. 6: 2020, 2016.

COLLI, A.M.T.; SOUZA, S.A.; SILVA, R.T. Pteridófitas do Parque Estadual de Porto Ferreira (SP), Brasil. Revista do Instituto Florestal, v. 15, n. 1, p. 29-35, 2003.

_____. et al. Pteridófitas do Parque Estadual da Vassununga, Santa Rita do Passa Quatro (SP), Brasil. Capetinga Leste e Capetinga Oeste.

Revista do Instituto Florestal, v. 16, n. 1, p. 25-30, 2004a.

COLLI, A.M.T. et al. Pteridófitas do Parque Estadual da Vassununga, Santa Rita do Passa Quatro (SP), Brasil. Gleba do Pé-Gigante.

Revista do Instituto Florestal, v. 16, n. 2, p.121-127, 2004b.

_____. et al. Pteridófitas da Floresta Estadual de Bebedouro, SP, Brasil. Revista do Instituto Florestal, v. 16, n. 2, p. 147-152, 2004c.

_____. et al. Pteridófitas da Reserva Estadual de Águas da Prata, SP. Revista Logos, v. 15, p. 11-18, 2007.

DATAGEO. Sistema Ambiental Paulista. Disponível em: <http://datageo.ambiente.sp.gov.br>. Acesso em: 01 jun. 2022.

DELLA, A.P. et al. Licófitas e samambaias do Parque Estadual Monte Alegre (PEMA), Pará, Brasil. Hoehnea, v. 46, n. 3, p. 1-9, 2019.

DITTRICH, V.A.O.; WAECHTER, J.L.; SALINO, A. Species richness of pteridophytes in a montane Atlantic rain forest plot of Southern Brazil. Acta Botanica Brasilica, v. 19, n. 3, p. 519-525, 2005.

FIDALGO, O.; BONONI, V.L.R. Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. São Paulo: Instituto de Botânica de São Paulo, 1984. 62 p.

FILGUEIRAS, T.S. et al. Caminhamento – um método expeditivo para levantamentos florísticos qualitativos. Cadernos de Geociências, v. 12, p. 39-43, 1994.

FLORA E FUNGA DO BRASIL 2022. Samambaias e Licófitas. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB128483>. Acesso em: 22 out. 2022.

GASPER, A.L.; SAVEGNANI, L. Lycophyta e samambaias do Parque Nacional da Serra do Itajaí, Vale do Itajaí, SC, Brasil. Hoehnea, v.37, n. 4, p. 755-767, 2010.

INTERNATIONAL PLANT NAMES INDEX - IPNI. The International Plant Names Index. Disponível em: <http://www.ipni.org/>. Acesso em: 15 jun. 2022.

LIMA, R.A.F. et al. Flora vascular do Parque Estadual Carlos Botelho, São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, v. 11, n. 4, p. 1-42, 2011.

MAZZIERO, F.F.F.; NONATO, F.R. Ferns and lycophytes from Jaú, São Paulo, Brazil. Checklist, v. 11, n. 6: 1798, 2015.

_____.; LABIAK, P.H.; PACIENCIA, M.L.B. Checklist of Ferns and lycophytes from the Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira,

Iporanga, São Paulo, Brazil. Checklist, v. 11, n. 6: 1791, 2015.

_____.; LABIAK, P.H.; PACIENCIA, M.L.B. Samambaias e licófitas do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, Iporanga, SP, Brasil. Revista de Biologia Neotropical, v. 15, n. 1, p.22–72, 2018.

_____.; TONIATO, M.T.Z.; NONATO, F.R. Samambaias e licófitas da Floresta Estadual de Pederneiras, São Paulo, Brasil: aspectos florísticos e chave para a identificação das espécies. Pesquisas-Botânica, v. 73, p. 151-163, 2019.

MEHLTRETER, K.; WALKER, L.R.; SHARPE, J.M. Fern Ecology. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. 400 p.

METZGER, J.P. conservation issues in the Brazilian Atlantic forest. Biological Conservation, v.142, p. 1138-1140, 2009.

MORAN, R.C. The importance of the mountains to pteridophytes with emphasis on neotropical montane Forests. In: CHURCHILL, S.P. et al. (Eds.). Biodiversity and Conservation of Neotropical Montane Forests. New York: The New York Botanical Garden, 1995. p. 359-363.

MORAN, R.C. Diversity, Biogeography and Floristics. In: RANKER, T.A.; HAUFLER, C.H. (Eds.). Biology and Evolution of Ferns and Lycophytes. Cambridge: Cambridge University Press, 2008. p. 367-394.

_____.; KLIMAS, S; CARLSEN, M. Low-trunk epiphytic ferns on tree ferns versusangiosperms in Costa Rica. Biotropica, v. 35, n. 1, p. 48–56, 2003.

_____.; SMITH, A.R. Phytogeographic relationships between neotropical and African Madagascar pteridophytes. Brittonia, v. 53, n.2, p. 304–351, 2001.

MYERS, N. et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403, n. 6772,p. 853-858, 2000.

NÓBREGA, G.A.; PRADO, J. Pteridófitas da vegetação nativa do Jardim Botânico Municipal de Bauru, Estado de São Paulo, Brasil. Boehnea, v. 35, n. 1, p. 7-55, 2008.

_____. et al. A composição florística e a diversidade de pteridófitas diferem entre a Floresta de Restinga e a Floresta Ombrófila

Densa das Terras Baixas do Núcleo Picinguaba/PESM, Ubatuba/SP? Biota Neotropica, v. 11, n. 2, p. 153-164, 2011.

_____. et al. Identification key for lycophytes and ferns from the Picinguaba and Santa Virginia Nuclei, Parque Estadual da Serra do

Mar, Ubatuba, SP, Brazil. Biota Neotropica, v.16, n. 4, p. 1-15, 2016.

PACIENCIA, M.L.B.; PRADO, J. Efeitos de borda sobre a comunidade de pteridófitas na Mata Atlântica da região de Una, sul da Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 27, n. 4, p. 641-653, 2004.

_____. Effects of the forest fragmentation of the pteridophyte communities in an Atlantic Rain Forest. Plant Ecology, v. 180, p. 87-104,

a.

_____. Distribuição espacial da assembléia de pteridófitas em uma paisagem fragmentada de Mata Atlântica no sul da Bahia, Brasil. Hoehnea, v. 32, n. 1, p. 103-117, 2005b.

PARRIS, B.S. Circum-Antarctic continental distribution patterns in pteridophyte species. Brittonia, v. 53, n. 2, p. 270-283, 2001.

PRADO, J. Pteridófitas do Estado de São Paulo. In: BICUDO, C.E.M.; SHEPHERD, G.J. (Eds.). Biodiversidade do Estado de São Paulo: Síntese do conhecimento ao final do século XX. - Fungos Macroscópicos e Plantas. São Paulo: FAPESP, 1998. v. 2, p. 49–61.

_____.; HIRAI, R.Y. Checklist das licófitas e samambaias do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, v. 11, p. 161-190, 2011.

_____. et al. Diversity of ferns and lycophytes in Brazil. Rodriguésia, v. 66, n. 4, p. 1-11,2015.

RIBEIRO, M.C. et al. The Brazilian Atlantic Forest: how much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for

conservation. Biological Conservation, v. 142, n. 6, p. 1141-1153, 2009.

RUOKOLAINEN,K.L.; LINNA, A.; TUOMISTO, H. Use of Melastomataceae and pteridophytes revealing phytogeographical patterns in Amazonian rain forests. Journal of Tropical Ecology, v. 13, n. 2, p. 243-256, 1997.SALINO, A. Levantamento das Pteridófitas da Serra do Cuscuzeiro, Analândia, SP, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 19, n. 2, p. 173-178, 1996.

_____.; JOLY, C.A. Pteridophytes of three remnants of gallery forests in the Jacaré-Pepira River basin, São Paulo state, Brazil. Boletim do Herbário Ezechias Paulo Heringer, v. 8, p. 5-15, 2001.

_____.;SEMIR, J. Thelypteridaceae (Polypodiophyta) do Estado de São Paulo: Macrothelypteris e Thelypteris subgêneros Cyclosorus e Steiropteris. Lundiana, v. 3, n. 1, p. 9-27, 2002.

_____.; ALMEIDA, T.E. Pteridófitas do Parque Estadual do Jacupiranga, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 22, n.4, p. 983-991,2008.

SCHMITT, J.L.; WINDISCH, P.G. Aspectos ecológicos de Alsophila setosa Kaulf. (Cyatheaceae, Pteridophyta) no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 19, n. 4, p. 859-865, 2005.

SCHWARTSBURD, P.B.; LABIAK, P.H. Pteridófitas do Parque Estadual de Vila Velha, Paraná, Brasil. Hoehnea, v. 34, n. 2, p. 159-209, 2007.

SOS MATA ATLÂNTICA. Relatório anual 2021. Disponível em: <https://cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2022/07/Relatorio_21_julho.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2022.

SYLVESTRE, L.S. Pteridófitas da Reserva Ecológica Macaé de Cima. In: LIMA, H.C.; GUEDES-BRUNI, R.R. (Eds.). Serra de Macaé de Cima: diversidade florística e conservação em Mata Atlântica. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1997. p. 41-52.

THE PTERIDOPHYTE PHYLOGENY GROUP - PPG I. A community-derived classification for extant lycophytes and ferns. Journal of Systematics and Evolution, v. 54, n. 6, p. 563-603, 2016.

TRYON, R.M.; TRYON, A.F. Ferns and allied plants, with special reference to tropical America. New York: Springer Verlag, 1982. 858 p.

TUOMISTO, H. et al. Dissecting Amazon biodiversity. Science, v. 269, n. 5220, p. 63-66, 1995.

VIANA, V.M.; TABANEZ, A.A.J. Biology and conservation of forest fragments in the Brazilian Atlantic Moist Forest. In: SCHELHAS, J.; GREENBERG, R. (Eds.). Forest patches in tropical landscapes. Washington: Island Press, 1996. p. 151-167.

ZENNI, R.D.; ZILLER, S.R. An overview of invasive plants in Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 34, n.3, p. 431-446, 2011.

Downloads

Publicado

2023-07-07

Como Citar

MAZZIEIRO, F. F. F.; GIACOMINI, L. A.; RIBEIRO, J. A. de S. SAMAMBAIAS E LICÓFITAS DE PILAR DO SUL, SP, BRASIL. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 23–44, 2023. DOI: 10.24278/2178-5031.202335103. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/913. Acesso em: 22 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos