MORFOLOGIA DE FRUTOS, SEMENTES E PLÂNTULAS DE Couroupita guianensis Aubl. (LECYTHIDACEAE)

Autores

  • Rejane Maria da Silva Universidade Federal do Ceará. Departamento de Biologia
  • Rayane de Tasso Moreira Ribeiro Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Biologia
  • Diogenes José Gusmão Coutinho Universidade Federal de Pernambuco. Departamento de Biologia
  • Suzene Izídio da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Biologia
  • Maria Izabel Gallão Universidade Federal do Ceará. Departamento de Biologia

DOI:

https://doi.org/10.4322/rif.2015.001

Palavras-chave:

germinação, compostos de reservas, abricó de macaco, Floresta Atlântica

Resumo

Couroupita guianensis Aubl., conhecida popularmente como abricó de macaco, é uma espécie arbórea neotropical que ocorre nas florestas Atlântica e Amazônica. Considerando-se o potencial ecológico, econômico e a abundância dessa espécie, em especial na Floresta Atlântica, objetivou-se, com este trabalho, caracterizar morfologicamente frutos, sementes, germinação e plântulas, assim como, a citoquímica das sementes de C. guianensis, acrescentando informações para subsidiar estudos sobre sua conservação e utilização. Os frutos maduros foram coletados de 20 árvores no município de Recife-PE. Em seguida, foram realizadas a pesagem de mil sementes e medições individuais de comprimento, largura e espessura dos frutos e sementes para determinações biométricas e a caracterização morfológica de suas partes internas e externas, além da caracterização da plântula e de suas respectivas estruturas. O fruto de C. guianensis é indeiscente, drupisarcídio e globoso. A semente é eurispérmica, albuminosa e bitegumentada, e a massa de mil sementes desse lote foi de 153,5 g. A germinação da espécie é do tipo epígea, com o tegumento aderido aos cotilédones na fase inicial do crescimento da plântula, que tem início a partir do segundo dia após a semeadura, em condições de laboratório. O tempo médio e o índice de velocidade de germinação (IVG) foram de 2 dias e 2,174, respectivamente. A plântula com 30 dias apresenta todas as estruturas, sendo classificada no tipo morfofuncional faneroepígea-foliácea – PEF.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABUD, H.F. et al. Morfologia de sementes e plântulas de cártamos. Revista Ciência Agronômica, v. 41, n. 2, p. 259-265, 2010.

AL-DHABI, N.A. et al. Antimicrobial, antimycobacterial and antibiofilm properties of Couroupita guianensis Aubl. fruit extract. Complementary and Alternative Medicine, v. 12, n. 3, p. 242-248, 2012.

BARROSO, G.M. et al. Frutos e sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. Viçosa, MG: Editora UFV, 1999. 443 p.

BRAGA, L.F. et al. Caracterização morfométrica de sementes de castanha de sapucaia (Lecythis pisonis Cambess – Lecythidaceae). Revista de Ciências Agro-Ambientais, v. 5, p. 111-116, 2007. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília, DF: Mapa/ACS, 2009. 395 p.

CAMARGO, I.P.; CASTRO, E.M.; GAVILANES, M.L. Aspecto da anatomia e morfologia de amêndoas e plântulas de castanheira-do-Brasil. Cerne, v. 6, n. 2, p. 11-18, 2000.

CARVALHO, I.M.M. et al. Caracterização química da castanha de sapucaia (Lecythis pisonis Cambess.) da região da zona da mata mineira. Bioscience Journal, v. 28, n. 6, p. 971-977, 2012.

CORTELAZZO, A.L.; COUTINHO, J.; GRANJEIRO, P.A. Storage and ageing of french beans (Phaseolus vulgaris L.): effect on seed viability and vigor. Brazillian Journal of Morfological Sciences, v. 22, n. 2, p. 121-128, 2005.

CUNHA, R. et al. Secagem, desinfestação e germinação de sementes de Couroupita guianensis Aub. Revista Brasileira de Sementes, v. 12, n. 2, p. 74-79, 2006.

DAVE, G.R.; PATEL, R.M.; PATEL, R.J. Characteristics and composition of seeds and oil of Couroupita guianensis Aubl. from Gujarat, India. European Journal of Lipid Science and Techonology, v. 87, n. 2, p. 111-112, 1985.

______.; ______.; PATEL, R.J. Characteristics and composition of seeds and oils of Couroupita guianensis Aubl. European Journal of Lipid Science and Technology, v. 87, n. 3, p. 111-112, 2006. DUKE, J.A.; POLHILL, R.M. Seedlings of Leguminosae. In: R.M. POLHILL, R.M.; RAVEN, P.H. (Ed.). Advances in legume systematic. Kew: Royal Botanic Gardens, 1981. p. 941-949.

ELUMALAI, A.; CHINNA, E.M.; DIDALA, A. Investigations on anti-oxidant, anti-arthritic and antiplatelet studies in Couroupita guianensis Aubl. leaves by in vitro methods. Pharma Science, v. 3, n. 4, p. 2262-2269, 2012.

GARWOOD, N.C. Functional morphology of tropical tree seedlings. In: SWAINE, M.D. (Ed.). The ecology of tropical forest tree seedlings. Paris: Parthenon Publishing, 1996. p. 59-129.

GERLACH, D. Botanische Microtechnik. Stuttgart: Georg Thieme Verlag, 1984. 311 p.

GONÇALVES, E.G.; LORENZI, H. Morfologia vegetal: organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. Nova Odessa: Plantarum, 2007. 416 p.

GURGEL, E.S.C. Morfologia de frutos, sementes, germinação e plântulas de leguminosas presentes em uma vegetação de mata secundária na Amazônia Central. 2000. 160 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus.

KARNOVISKY, M.J. A formaldehyde-glutaraldehyde fixative of high osmolality for use in electron microscopy. Journal of Cell Biology, v. 27, p. 137-138, 1965. KITAJIMA, K. Do shade-tolerant tropical tree seedlings depend longer on seed reserves? Functional growth analysis of three Bignoniaceae species. Functional Ecology, v. 16, n. 2, p. 433-444, 2002.

LABOURIAU, L.G. A germinação das sementes. Washington, D.C.: Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, 1983. 342 p

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 2002. 368 p.

MAGUIRE, J.D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedlig emergence and vigor. Crop Science, v. 2, n. 1, p.176-177, 1962.

MAIA, V. Técnica histológica. São Paulo: Atheneu, 1979. 246 p.

MARGATTO, R.A.K.; ROYER, R.M. Germinação da semente e desenvolvimento inicial de Cariniana legalis (Mart.) Kuntze (Lecythidaceae) submetida a diferentes substratos. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, v. 2, n. 4, p. 101-113, 2009.

MORI, S.A.; PRANCE, G.T. Relações entre a classificação genérica de Lecythidaceae do Novo Mundo e seus polinizadores e dispersadores. Revista Brasileira de Botânica, v. 4, p. 31-37, 1981.

______. et al. Evolution of Lecythidaceae: information from combined ndhF and trnL-F sequence data. American Journal of Botany, v. 94, p. 289-301, 2007.

______. et al. The Lecythidaceae pages. New York: The New York Botanical Garden, 2010. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2013.

NETO, V.Q. et al. Brazil nut (Bertholletia excelsa H.B.K) seed kernel oil: characterization and thermal stability. Revista de Biologia e Farmácia, v. 3, n. 2, p. 123-133, 2009.

OLIVEIRA, A.C.C.; BRAGA, L.F.; SOUZA, M.P. Biometrics and post-seminal development of Couratari macrosperma A.C. Smith (Lecythidaceae) seeds. Alta Floresta, v. 2, n. 4, p. 82-88, 2002

OLIVEIRA, J.P.C. et al. Chemical constituents of Lecythis pisonis and cytotoxic activity. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 22, n. 5, p. 1140-1144, 2009.

REGINA, V.; UMA RAJAN, K.M. Phytochemical analysis, antioxidant and antimicrobial studies of fruit rind of Couroupita guianensis (Aubl). International Journal of Current Science, v. 2, p. 262-267, 2012.

RÊGO, C.M.; POSSAMAI, E. Recomposição florestal cultivo do jequitibá-rosa (Cariniana legalis). Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2001. 24 p. (Embrapa Tabuleiros Costeiros. Circular técnica, 25).

REIS, G.S. et al. Calibração do teste de tetrazólio em sementes de castanha do Brasil. Comunicado Técnico Embrapa, v. 17, p. 9, 1979.

RODRIGUES, R.M. A flora da Amazônia. Belém: CEJUP, 1989. p. 64-65.

SANTOS, J.U.M. et al. Bertholletia excelsa Humboldt and Bonpland (Lecythidaceae): aspectos morfológicos do fruto, da semente e da plântula.Série Ciências Naturais,v. 1, n. 4, p. 103-112, 2006.

SCHÖENBERG, M.M. Carpologia de Couroupita guianensis Aublet. (Lecythidaceae): morfologia e classificação. Acta Biológica Paranaense, v. 12, n. 6, p. 43-77, 1983.

______. et al. Characterization of germination and morphology of fruits, seeds and seedlings of Gustavia augusta L. (Lecythidaceae). Revista Ceres, v. 61, n. 5, p. 746-751, 2014.

TSOU, C.H. The embryology, reproductive morphology, and systematics of Lecythidaceae. Memoirs of the New York Botanical Garden, v. 7, p. 11-110, 1994

TSOU, C.H.; MORI, S.A. Seed coat anatomy and its relationship to seed dispersal in subfamily Lecythidoideae of the Lecythidaceae (the Brazil nut family). Botanical Bulletin of Academia Sinica, v. 43, n. 3, p. 37-56, 2002.

VIDAL, B.C. Dichroism in collagen bundles stained with xylidine Ponceau 2R. Annalytical Histochemistry, v. 15, n. 4, p. 289-296, 1970

Downloads

Publicado

2015-06-20

Como Citar

SILVA, R. M. da; RIBEIRO, R. de T. M.; COUTINHO, D. J. G.; SILVA, S. I. da; GALLÃO, M. I. MORFOLOGIA DE FRUTOS, SEMENTES E PLÂNTULAS DE Couroupita guianensis Aubl. (LECYTHIDACEAE). Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 7–17, 2015. DOI: 10.4322/rif.2015.001. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/142. Acesso em: 2 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos Científicos