VARIAÇÃO FENOTÍPICA PARA CARACTERES SILVICULTURAIS EM POPULAÇÕES DE Aspidosperma spp. SEM ESTRUTURA DE PROGÊNIES

Autores/as

  • Camila Regina Silva Baleroni Recco Fundação Educacional de Andradina
  • Wanderley dos Santos Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
  • José Cambuim Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
  • Marcela Aparecida de Moraes Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP
  • Alexandre Marques da Silva Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
  • Danilla Cristina Lemos Souza
  • Miguel Luiz Menezes Freitas Instituto Florestal
  • Mario Luiz Teixeira de Moraes Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”

DOI:

https://doi.org/10.4322/rif.2016.003

Palabras clave:

conservação genética, parâmetros genéticos, peroba-rosa, peroba-poca, recuperação ambiental

Resumen

O objetivo deste estudo foi estimar os parâmetros genéticos para os caracteres silviculturais em Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. e Aspidosperma cylindrocarpon Müll.Arg., para fins de conservação ex situ e uso em programas de recuperação ambiental. A coleta de sementes foi feita em árvores de polinização aberta no município de Andradina-SP e o teste experimental foi instalado na Fazenda de Ensino e Pesquisa (FEPE/UNESP), em 1997, com as espécies consorciadas com Inga marginata Willd. (ingá feijão) em linhas alternadas. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados completos com dois tratamentos (Aspidosperma spp.), 32 repetições com parcelas lineares e 4 plantas por parcela. Aos 15 anos de idade foram mensurados diâmetro à altura do peito – DAP, altura de total – ALT e sobrevivência – SOB e os parâmetros genéticos foram estimados pelo programa Selegen. A espécie cylindrocarpon apresentou maior desenvolvimento nos caracteres de crescimento (DAP e ALT) quando comparada com A. polyneuron. A taxa de sobrevivência foi de 71% demostrando boa adaptabilidade para ambas as espécies ao local de implantação do experimento. A acurácia foi alta, sugerindo maior confiabilidade das análises estatísticas. A herdabilidade foi moderada, indicando considerável controle genético nas espécies quando se observa que o coeficiente de determinação dentro de parcela foi menor que 10% para ALT e DAP, mostrando que as parcelas lineares são homogêneas, ou seja, o delineamento experimental adotado foi eficiente. Portanto, a ausência do uso de estrutura de progênies nas populações de Aspidosperma spp. estudadas não impossibilitou que fossem obtidas informações relevantes sobre as populações naturais de Aspidosperma, porém vale ressaltar que é de suma importância que novas coletas de sementes sejam realizadas para um estudo com base em teste de progênies.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Wanderley dos Santos, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”

Pós-graduando em Agronomia, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP

José Cambuim, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”

Pós-graduando em Agronomia, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP

Marcela Aparecida de Moraes, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP

Pós-graduando em Agronomia, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP

Alexandre Marques da Silva, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”

Pós-graduando em Agronomia, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP

Danilla Cristina Lemos Souza

Doutorando Ciência Florestal, Faculdade de Ciências Agronômicas Campus de Botucatu

Mario Luiz Teixeira de Moraes, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP. Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimento e Sócio Economia

Citas

BARROS, B.C. et al. Volumetria e sobrevivência de espécies nativas e exóticas no pólo gesseiro do Araripe, PE. Revista Ciência Florestal, v. 20, n. 4, p. 641-647, 2010.

BATISTA, C.M. et al. Estimativas de parâmetros genéticos e a variabilidade em procedências e progênies de Handroanthus vellosoi. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 32, n. 71, p. 269-276, 2012.

BUSSAB, W.O.; MORETIN, P.A. Estatística básica. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

CARVALHO, P.E.R. Peroba-rosa – Aspidosperma polyneuron. Colombo: Embrapa Florestas, 2004. 12 p. (Circular Técnica, 96). COSTA, R.B. et al. Selection and genetic gain in populations of Hevea brasiliensis with a mixed mating system. Genetics and Molecular Biology, v. 23, p.671-679, 2000.

DAMASCENO, J.O. et al. Genetic differentiation in Aspidosperma polyneuron (Apocynaceae) over a short geographic distance as assessed by AFLP markers. Genetics and Molecular Research, v. 10, n. 2, p. 1180-1187, 2011.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa do Solo. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2006. 306 p.

FREITAS, M.L.M. et al. Formação de pomar de sementes a partir da seleção dentro de teste progênies de Myracrodruon urundeuva. Rev. Inst. Flor., v. 19, n. 2, p. 65-72, 2007.

HERNANDES, F.B.T.; LEMOS-FILHO, M.A.F; BUZETTI, S. Software HIBRISA e o balanço hídrico de Ilha Solteira. Ilha Solteira: UNESP, 1995. p. 45.

INSTITUTO DE PESQUISAS E ESTUDOS FLORESTAIS – IPEF. Recomposição da vegetação com espécies arbóreas nativas em reservatórios de usinas hidrelétricas da CESP, Série Técnica IPEF, v. 8, n. 25, p.1-43, 1992.

INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE – IUCN. The IUCN Red List of Threatened Species. Version 2014.3. Disponível em: . Acesso em: 11 Feb. 2015.

KAGEYAMA, P.Y.; GANDARA, F.B.; VENCOVSKY, R. Conservação in situ de espécies arbóreas tropicais. In: NASS, L.L. et al. Recursos genéticos e melhoramentos de plantas. Rondonópolis: Fundação MT, 2001. p. 149-158.

_______. Conservação in situ de espécies arbóreas tropicais. In: NASS, L.L.; VALOIS, A.C.C.; MELO, I.S. Recursos genéticos vegetais. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2008.

LORENZI, H. Árvores brasileiras. 4. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum. v. 2, 368 p.

MENDES, H.S.J.; PAULA, D.R. Conservação genética de espécies arbóreas florestais. Cultivar Grandes Culturas, 2010. Disponível em: . Acesso em: ago. 2015.

MORAES, M.A. et al. Estimating coancestry within open-pollinated progenies of a dioecious species: the case study of Myracrodruon urundeuva. Silvae Genetica, v. 61, p. 256-264, 2012.

______. et al. Variação genética em progênies de Jacaranda cuspidifolia Mart. utilizando o delineamento sistemático tipo “leque”. Scientia Forestalis, v. 41, n. 98, p. 175-183, 2013.

MORAES, M.L.T.; MORI, E.S.; RODRIGUES, C.J. Delineamento de pomares multiespécies. In: HIGA, A.R.; SILVA, L.D. Pomar de sementes de espécies florestais nativas. Curitiba: FUPEF, 2006. 264 p

NOGUEIRA, J.C.B. Reflorestamento misto com essências nativas: a mata ciliar. São Paulo: Instituto Florestal, 2010. p.148.

OLIVEIRA, V.B. et al. Atividade biológica e alcaloides indólicos do gênero Aspidosperma (Apocynaceae): uma revisão. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 11, p. 92-99, 2009.

PÉREZ, N.M.; TORRICO, F.B.; MORALES, A. Acute toxicity, antinociceptive activity and indole alkaloids of aqueous extract from bark of Aspidosperma cuspa (Kunth) Blake. Journal of Ethnopharmacology, v. 143, n. 2, p. 599-603, 2012.

RESENDE, M.D.V. Genética biométrica e estatística no melhoramento de plantas perenes. Brasília, DF: EMBRAPA Informação Tecnológica, 2002. p. 975.

______. SELEGEN – REML/BLUP: sistema estatístico e seleção genética computadorizada via modelos linear misto. Colombo: Embrapa Floresta, 2007. p. 359.

______. et al. Acurácia seletiva, intervalos de confiança e variância de ganhos genéticos associados a 22 métodos de seleção em Pinus caribaea var. hondurensis. Revista Floresta, v. 24, n. 1/2, p. 35-45, 1995.

______.; DUARTE, J.B. Precisão e controle experimental de qualidade em experimentos de avaliação de cultivares. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 37, n. 3, p. 182-194, 2007.

RIBEIRO, E.F. et al. Diuretic effects and urinary electrolyte excretion induced by Aspidosperma subincanum Mart. and the involvement of prostaglandins in such effects. Journal of Ethnopharmacology, v. 163, p. 142-148, 2015.

RIZZINI, C.T. Árvores e madeiras úteis do Brasil: manual de dendrologia brasileira. São Paulo: Edgard Blücher, 1971. p. 294. SATO, A.S. et al. Crescimento e sobrevivência de duas procedências de Aspidosperma polyneuron em plantios experimentais em Bauru, SP. Rev. Inst. Flor., v. 20, n. 1, p. 23-32, 2008.

SEBBENN, A.M. et al. Depressão por endogamia em populações de jequitibá-rosa. Rev. Inst. Flor., v. 13, n. 1, p. 61-81, 2001.

SENNA, S.N. et al. Variação e parâmetros genéticos em teste de progênies de polinização livre de Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert em Luiz Antonio –SP. Scientia Forestalis, v. 40, n. 95, p. 345-352, 2012.

TOREZAN, J.M.D. et al. Genetic variability of pre and post-fragmentation cohorts of Aspidosperma polyneuron Muell. Arg. (Apocynaceae). Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 48, n. 2, p. 171-180, 2005.

VALOIS, A.C.; NASS, L.L.; GOES, M. Conservação ex situ de recursos genéticos vegetais. In: NASS, L.L. et al. Recursos genéticos e melhoramento: plantas. Rondonópolis: Fundação MT, 2001. p. 29-55.

VLECK, L.D. van; POLLAK, E.J.; OLTEMACU, E.A.B. Genetics for the animal sciences. New York :W.H. Freeman, 1987. p. 391.

ZIMBACK, L. et al. Estrutura genética de peroba (Aspidosperma polyneuron) no Estado de São Paulo, Brasil. Rev. Inst. Flor., v. 23, n. 2, p. 265-277, 2011

Publicado

2016-06-16

Cómo citar

RECCO, C. R. S. B.; SANTOS, W. dos; CAMBUIM, J.; MORAES, M. A. de; SILVA, A. M. da; SOUZA, D. C. L.; FREITAS, M. L. M.; MORAES, M. L. T. de. VARIAÇÃO FENOTÍPICA PARA CARACTERES SILVICULTURAIS EM POPULAÇÕES DE Aspidosperma spp. SEM ESTRUTURA DE PROGÊNIES. Revista del Instituto Forestal, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 49–57, 2016. DOI: 10.4322/rif.2016.003. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/113. Acesso em: 19 oct. 2024.

Número

Sección

Artigos Científicos