NOVO REGISTRO DE Monodelphis americana (Müller, 1776) (DIDELPHIMORPHIA, DIDELPHINAE) PARA A ESTAÇÃO ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS, PERUÍBE, SP
DOI:
https://doi.org/10.24278/2178-5031.202335206Palabras clave:
Marsupial, Espécie florestal, Novo registro, Serra do Guaraú, JuréiaResumen
O marsupial Monodelphis americana (Müller, 1776) (Didelphimorphia, Didelphinae) é um animal nativo e endêmico do Brasil, que ocorre em alguns estados das regiões Norte e Centro-Oeste, e em todos os estados do Nordeste e Sudeste, nos domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Porém, informações sobre seus hábitos ou ecologia de suas populações são escassas. Apresentamos no presente trabalho um novo registro da espécie para a Estação Ecológica Juréia-Itatins - EEJI (24°21'17.61"S e 47°00'25.37"W), na Serra do Guaraú, município de Peruíbe, estado de São Paulo, Brasil. Tal registro, além de evidenciar a rica biodiversidade da EEJI, mostra também que ela ainda não foi totalmente desvendada e revela seu potencial para desenvolvimento de projetos relacionados ao inventário e ecologia de pequenos mamíferos, sobretudo do gênero Monodelphis.
Descargas
Citas
ABREU, E.F. et al. Lista de Mamíferos do Brasil. versão 2022-1, 2022. Disponível em:< Zenodo. https://doi.org/10.5281/zenodo.7469767>. Acesso em: 20 set. 2023.
ASTÚA, D. et al. Monodelphis americana (versão alterada da avaliação de 2020). In: The IUCN Red List of Threatened Species 2021: e.T96866849A197321762. Disponível em: <https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2021-1.RLTS.T96866849A197321762.en.>. Acesso em: 02 out. 2023.
BERGALLO, H.G. Dinâmica populacional, área de vida, parasitismo e mutualismo de pequenos mamíferos da Estação Ecologia da Juréia, SP. 1991. 121f. Dissertação (Mestrado em Biologia) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas. Disponível em:<https://hdl.handle.net/20.500.12733/1575240>. Acesso em: 3 out. 2023.
______. Ecology of a small mammal community in an Atlantic forest area in southeastern Brazil. Studies on Neotropical Fauna and Environment, v. 29, n. 4, p. 197–217, 1994. doi:10.1080/01650529409360932
______ .; BOSSI, D.E.P. Os roedores e os marsupiais da Juréia: Ecologia e parasitismo na comunidade de pequenos mamíferos terrestres. In: MARQUES, O.A.V.; DULEBA, W. (eds).
Estação Ecológica de Juréia-Itatins: Ambiente físico, flora e fauna. Ribeirão Preto: Holos, 2004. p. 296-303.
CÁCERES, N.C.; CHEREM, J.J. Introdução. In: CÁCERES, N.C. (Org.). Os Marsupiais do Brasil: Biologia, Ecologia e Conservação. Campo Grande: Editora UFMS, 2ª ed., 2012, p. 9-16.
CHIARELLO, A.G. et al. Mamíferos Ameaçados de Extinção no Brasil. In: MACHADO, A.B.M.; DRUMMOND, G.M.; PAGLIA, A.P. (Eds.). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: MMA; Fundação Biodiversitas, 2008. 1.ed. p. 680-874.
COSTA NETO, J.B. (Org.). A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no Estado de São Paulo. São Paulo: Cetesb, 1997. 46 p. (Série Cadernos da Reserva da Biosfera – Caderno nº 5).
DE VIVO, M. et al. Checklist dos mamíferos do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, v. 11, n. 1a, 2011: https://www.biotaneotropica.org.br/v11n1a/en/abstract?inventory+bn0071101a2011.
DUDA, R.; COSTA, L.P. Morphological, morphometric and genetic variation among cryptic and sympatric species of southeastern South American three-striped opossums (Monodelphis: Mammalia: Didelphidae). Zootaxa, v. 3936, n. 4, p. 485–506, 2015.
EISENBERG, J.F.; REDFORD, K.H. Mammals of the Neotropics: the central neotropics (Ecuador, Peru, Bolivia, Brazil). Chicago: University of Chicago Press, v. 3, 1999, 624 p.
FARIA, M.B.; LANES, R.O.; BONVICINO, C.R. Guia dos marsupiais do Brasil: guia de identificação com base em caracteres morfológicos externos e cranianos. São Caetano do Sul: Amélie Editorial, 2019, 84 p.
FONSECA, G.A.B. et al. Lista Anotada dos Mamíferos do Brasil. Occasional Papers in Conservation Biology, n. 4, 1996, p. 1-38.
FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA/INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS – INPE. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica - período 2020–2021 – Relatório Técnico 2022. São Paulo: SOSMA/INPE. Disponível em: <https://cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Sosma-Atlas-2022-1.pdf>. Acesso em: 10 out. 2022.
GOMES, N.F. Revisão Sistemática do gênero Monodelphis (parte 2) Grupos do Leste, Evolução e Biogeografia. 05 de fevereiro de 2015. Disponível em: <https://biogeographybygomes.blogspot.com/2015/02/grupo-monodelphis-dimidiata-caracteres.html?m=1>. Acesso em: 27 set. 2023.
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - ICMBIO. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Volume I. Brasília: ICMBio/MMA, 2018. 492 p. Disponível em: <https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol1.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2023.
INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE - IUCN. The IUCN Red List of Threatened Species. Version 2022-2. Disponível em: <https://www.iucnredlist.org.>. Acesso em: 22 set. 2023.
LEWINSOHN, T.M.; PRADO, P.I. Biodiversidade Brasileira: Síntese do Estado Atual do Conhecimento. São Paulo: Editora Contexto. 2002. 167 p.
MAMEDE, M.C.H.; CORDEIRO, I.; ROSSI, L. Flora vascular da Serra da Juréia, município de Iguape, São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica, n. 15, p. 63-124, 2001.
MARQUES, O.A.V.; DULEBA, W. (eds). Estação Ecológica de Juréia-Itatins: Ambiente físico, flora e fauna. Ribeirão Preto: Holos, 2004. 386p.
______ ; SAZIMA, I. História Natural dos répteis da Estação Ecológica Juréia-Itatins. In: MARQUES, O.A.V.; DULEBA, W. (eds).
Estação Ecológica de Juréia-Itatins: Ambiente físico, flora e fauna. Ribeirão Preto: Holos, 2004. p. 257-277.
MARCGRAVE, G.; PISO, W. Historia Naturalis Brasiliae... in qua non tantum plantae et animalia, sed et indigenarum morbi, ingenia et mores describuntur et iconibus supra quingentas illustrantur. Lugdun. Batavorum, apud Franciscus Hackium et Amstelodami apud Lud. Elzevirium. [Organizado por Joannes de Laet]. 1648. 293 p. Disponível em: <http://biblio.wdfiles.com/local--files/marcgrave-1648-historia/marcgrave_1648_historia.pdf>. Acesso em: 27 set. 2023.
MARTINS, R.; QUADROS, J.; MAZZOLLI, M. Hábito alimentar e interferência antrópica na atividade de marcação territorial do Puma concolor e Leopardus pardalis (Carnivora: Felidae) e outros carnívoros na Estação Ecológica de Juréia-Itatins, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 25, n. 3, p. 427–435, 2008.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Portaria nº 148, de 7 de junho de 2022Altera os Anexos da Portaria nº 443, de 17 de dezembro de 2014, da Portaria nº 444, de 17 de dezembro de 2014, e da Portaria nº 445, de
de dezembro de 2014, referentes à atualização da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção. Diário Oficial da União, nº 108, 08 jun. 2022, Seção 1, p. 74-103.
MYERS, N. et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403, n. 6772, p. 853-858, 2000. Disponível em: <http://www.nature.com/nature/journal/v403/n6772/pdf/403853a0.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2023.
NALON, M.A. et al. Inventário da cobertura vegetal nativa do Estado de São Paulo. São Paulo: SIMA/IPA. 2022. 238 p. Disponível em: <https://adobeindd.com/view/publications/a5aba10f-0090-4109-ac1c-944c8260b1ff/57wk/publication-web-resources/pdf/INVENTARIOflorestal_livroFINAL.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2023.
PAGLIA, A.P. et al. Lista Anotada dos Mamíferos do Brasil/Annotated checklist of Brazilian mammals. Occasional Papers in Conservation Biology, n. 6, 2nd Edition, 2012. p. 1-76
PAVAN, S.E.; JANSA, S.A.; VOSS, R.S. Molecular phylogeny of short-tailed opossums (Didelphidae: Monodelphis): Taxonomic implications and tests of evolutionary hypotheses. Molecular Phylogenetics and Evolution, 79, 199–214, 2014. doi:10.1016/j.ympev.2014.05.029
.; VOSS, R.S. A Revised Subgeneric Classification of Short-Tailed Opossums (Didelphidae:Monodelphis). American Museum Novitates, v. 3868, n. 3868, p. 1-44, 2016. doi:10.1206/3868.1
______.; PERCEQUILLO, A.R. Didelphidae. In: Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil. PNUD. 2023. Disponível em: <http://fauna.jbrj.gov.br/fauna/faunadobrasil/46681>. Acesso em: 20 set. 2023.
QUINTELA, F.M.; ROSA, C.A.; FEIJÓ, A. Updated and annotated checklist of recent mammals from Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 92 (Suppl. 2), p. 1-57, 2020: e20191004 DOI 10.1590/0001-3765202020191004
ROSSI, N.F. Pequenos mamíferos não- voadores do Planalto Atlântico de São Paulo: Identificação, história natural e ameaças. 2011. 400 f. Dissertação (Mestrado em Zoologia) - Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo.
ROSSI, R.V.; BIANCONI, G.V.; PEDRO, W.A. Ordem Didelphimorphia. In: REIS, N.R. (ed.). Mamíferos do Brasil. Londrina: UEL. 2006. p. 27-66.
ROSSI, R.V. et al. Diversidade morfológica e taxonômica de marsupiais didelfídeos, com ênfase nas espécies brasileiras. In: CÁCERES, N.C. (Ed.). Os marsupiais do Brasil: biologia, ecologia e conservação. Campo Grande: Ed. UFMS, 2ª ed., p. 23-72, 2012.
SÃO PAULO (Estado). Lei nº 14.982/2013, de 8 de abril de 2013. Altera os limites da Estação Ecológica da Jureia-Itatins na forma que especifica, e dá outras providências. (Cria o Mosaico de Unidades de Conservação Juréia- Itatins). Diário Oficial do Estado de São Paulo, v. 123, n. 65, p. 1-5, 9 abr. 2013. Disponível em: <http://dobuscadireta.imprensaoficial.com.br/default.aspx?DataPublicacao=20130409&Caderno=DOE-I&NumeroPagina=1>. Acesso em: 08 mar. 2023.
SOLARI, S. A molecular perspective on the diversification of short-tailed opossums (Monodelphis: Didelphidae). Mastozoología Neotropical, v. 17, n. 2, p. 317-333, 2010.
VIEIRA, C. Xenartros e Marsupiais do Estado de São Paulo. Arquivos de Zoologia do Estado de São Paulo, v. VII, art. IV, p. 325-362, 1949.
______. Decreto Estadual nº 63.853, de 27 de novembro de 2018. Declara as espécies da fauna silvestre no Estado de São Paulo regionalmente extintas, as ameaçadas de extinção, as quase ameaçadas e as com dados insuficientes para avaliação, e dá providências correlatas. Diário Oficial do Estado de São Paulo. Poder Executivo, v. 128, n. 221, 29 nov. 2018. Seção I, p. 1-11. Disponível em: <http://dobuscadireta.imprensaoficial.com.br/default.aspx?DataPublicacao=20181129&Caderno=DOE-I&NumeroPagina=1>. Acesso em: 21 mar. 2023.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista do Instituto Florestal

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.