INFLUÊNCIA DA MATURAÇÃO E ARMAZENAMENTO DOS FRUTOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Myrcia oblongata DC. (MYRTACEAE)
DOI:
https://doi.org/10.24278/rif.2025.37e972Palabras clave:
arborização urbana, produção de mudas, viveiro de mudasResumen
Este trabalho buscou avaliar a influência da maturação e armazenamento dos frutos na germinação de sementes de Myrcia oblongata DC. (Myrtaceae), uma espécie nativa do Brasil indicada para a arborização urbana e recuperação florestal, cuja germinação ainda não havia sido estudada. Frutos imaturos e maduros foram coletados de nove indivíduos de uma mesma população e a germinação foi avaliada em casa de vegetação. A porcentagem média de germinação obtida logo após a coleta foi de 99%, e o tempo médio para germinação foi de aproximadamente 10 dias. O armazenamento dos frutos em geladeira (5ºC) possibilitou a manutenção da viabilidade das sementes por até 90 dias, enquanto o acondicionamento em temperatura ambiente acarretou na perda da viabilidade dentro de um mês. Não houve variação significativa entre a germinação de sementes de frutos imaturos e maduros, o que sugere que ambos podem ser coletados para produção de mudas.
Descargas
Citas
Alexandre RS, Wagner Júnior A, Negreiros JRS, Bruckner CH. 2006. Influência do estádio de maturação dos frutos e substratos na germinação de sementes e desenvolvimento inicial de plântulas de jabuticabeira. Revista Brasileira Agrociência 12(2): 227-230.
Ávila AL, Argenta MS, Muniz MFB, Poleto I, Blume E. 2009. et al. Maturação fisiológica e coleta de sementes de Eugenia uniflora L. (pitanga), Santa Maria, RS. Ciência Florestal 19: 61-68.
Barbedo CJ. 2018. A new approach towards the so-called recalcitrant seeds. Journal of Seed Science 40: 221-236.
Barbedo CJ, Centeno DC, Ribeiro RCLF. 2013. Do recalcitrant seeds really exist? Hoehnea 40: 583-593.
Barbosa LM. 2017. Lista de espécies indicadas para restauração ecológica para diversas regiões do estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Botânica. Disponível: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/sites/235/2019/10/lista-especies-rad-2019.pdf Acesso: 28 ago. 2025.
Barroso NDS, Souza MO, Rodrigues LCS, Pelacani CR. 2017. Maturation stages of fruits and physiological seed quality of Physalis ixocarpa Brot. ex Hormen. Revista Brasileira de Fruticultura 39(3): e-151.
Biffin E, Lucas EJ, Craven LA, Costa IR, Harrington MG, Crisp MD. 2010. Evolution of exceptional species richness among lineages of fleshy-fruited Myrtaceae. Annals of Botany 106(1): 79-93.
Cazetta E, Schaefer HM, Galetti M. 2009. Why are fruits colorful? The relative importance of achromatic and chromatic contrasts for detection by birds. Evolutionary Ecology 23: 233-244.
Costella C, Gasparin E, Machado-Araújo M, Griebeler AM, Miranda-Aguilar MV, Silva-Wertonge G, Kuinchtner CC, Souza H, Pegoraro-Stangarlin M, Cezimbra-Quevedo A. 2025. Quality of Eugenia involucrata seeds: a physiological and biochemical approach as a response to fruit maturation. Bosque 46(1): 41-52.
Cruz-Tejada DM, Acosta-Rojas DC, Stevenson PR. 2018. Are seeds able to germinate before fruit color ripening? Evidence from six Neotropical bird-dispersed plant species. Ecosphere 9(6): e02174.
Fernández A, Léon-Lobos P, Contreras S, Ovalle JF, Sershen S, Walt KVD, Ballesteros D. 2023. The potential impacts of climate change on ex situ conservation options for recalcitrant-seeded species. Frontiers in Forests and Global Change 6: 1110431.
Gressler E, Pizo MA, Morellato LPC. 2006. Pollination and seed dispersal of Brazilian Myrtaceae. Brazilian Journal of Botany 29: 509-530.
Gomes JP, Dacoregio HM, Silva KM, Rosa LH, Bortoluzzi RLC. 2017. Myrtaceae na bacia do rio Caveiras: características ecológicas e usos não madeireiros. Floresta e Ambiente 24: e20150111
Govaerts R, Sobral M, Ashton P, Barrie FR, Holst BK, Landrum L, Matsumoto K, Mazine FF, Nic Lughadha EM, Proença CEB, Soares-Silva LH, Wilson PG, Lucas E. 2021. Myrtaceae. In: World Checklist of Selected Plant Families. Disponível: https://www.researchgate.net/publication/43655483_World_Checklist_of_Myrtaceae Acesso: 28 ago. 2025.
Janson CH. 1983. Adaptation of fruit morphology to dispersal agents in a neotropical forest. Science 219: 187-189.
Júnior CNS, Bernardo V, Barbosa JM, Castan GS, Menegucci ZDRH. 2007. Coloração dos frutos como indicador de maturação de sementes de Araçarana (Calypthrantes clusiifolia (Miq.) O. Berg). Revista Brasileira de Biociências 5(2): 1131-1133.
Labouriau LG. 1983. A germinação das sementes. Washington: Organização dos Estados Americanos. (Monografias Científicas).
Leal IL. 2019. Estudos preliminares para estabelecimento de protocolo de criopreservação em sementes recalcitrantes. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Fronteira Sul.
Lucas EJ, Harris SA, Mazine FF, Belsham SR, Nic Lughadha EM, Telford A, Gasson PE, Chase MW. 2007. Suprageneric phylogenetics of Myrteae, the generically richest tribe in Myrtaceae (Myrtales). Taxon 56: 1105-1128.
Lughadha EN, Proença C. 1996. A survey of the reproductive biology of the Myrtoideae (Myrtaceae). Annals of the Missouri Botanical Garden 83(4): 480-503.
Maguire JD. 1962. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science 2: 176-177.
Nagendra MS, Reddy S, Tamilarasan C, Ragupathi KP. 2019. Refrigerated storage of recalcitrant seeds reduces the seed viability: a myth? Research Journal of Agricultural Sciences 10(2): 455–456.
Oro P. 2012. Maturação fisiológica de sementes de Eugenia pyriformis Cambess. e Eugenia involucrata DC. Revista Biotemas 25(3): 11-18.
Pardo F, Stevenson PR. 2008. Conspicuousness, fruit preference and germination rate of Miconia nervosa y Miconia trinervia (Melastomataceae). Thesis. Universidad de Los Andes, Bogotá, Bogotá DC, Colombia.
Patra S. 2025. Recalcitrant Seeds: A Review of Research on the Key Factors Affecting and some Important Management Strategies for Extending Longevity during Storage. Journal of Stress Physiology & Biochemistry 21(1): 190-205.
Roberts EH. 1973. Predicting the storage life of seeds. Seed Science and Technology 1: 499-514.
Rossetti C, Rosa CP, Pagel GO, Aumonde TZ, Tunes LVM. 2023. Challenges for storing recalcitrant seeds. Colloquium Agrariae 19(1): 352-362.
Santana CB, Souza JGL, Toledo AG, Alves LFA, Alves DS, Correa JM, Pinto FGS. 2021. Antimicrobial and insecticidal effects of essential oil and plant extracts of Myrcia oblongata DC in pathogenic bacteria and Alphitobius diaperinus. Brazilian Journal of Biology 82: 233-425.
Santana DG, Ranal MC. 2004. Análise da germinação: um enfoque estatístico. Brasília: UnB.
Santos MF, Amorim BS, Burton GP, Fernandes T, Gaem PH, Lourenço ARL, Lima DF, Rosa PO, Santos LLD, Staggemeier VG, Vasconcelos TNC, Lucas EJ. 2024. Myrcia. In: FLORA e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB10733. Acesso: 16 fev. 2024.
Sbrussi CAG, Zucareli C, Prando AM, Barbosa da Silva BVA. 2014. Maturation stages of fruit development and physiological seed quality in Physalis peruviana. Revista Ciência Agronômica 45: 543-549.
Silva EAA, Oliveira JM, Pereira WVS. 2018. Fisiologia das sementes. In: Sementes do Brasil: produção e tecnologia para espécies da flora brasileira. São Paulo: Instituto de Botânica. p. 15-40.
Sumner P, Mollon JD. 2000. Chromaticity as a signal of ripeness in fruits taken by primates. Journal of Experimental Biology 203(13): 1987-2000.
Valido A, Schaefer HM, Jordano P. 2011. Colour, design and reward: phenotypic integration of fleshy fruit displays. Journal of Evolutionary Biology 24(4): 751-760.
Vasconcelos TNC, Proença CEB, Ahmad B, Aguilar DS, Aguilar R, Amorim BS, Campbell K, Costa IR, De-Carvalho PS, Faria JEQ, Giaretta A, Kooij PW, Lima DF, Mazine FF, Peguero B, Prenner G, Santos MF, Soewarto J, Wingler A, Lucas EJ. 2017. Myrteae phylogeny, calibration, biogeography and diversification patterns: increased understanding in the most species rich tribe of Myrtaceae. Molecular Phylogenetics and Evolution 109: 113-137.
Walters C. 2015. Orthodoxy, recalcitrance and in-between: describing variation in seed storage characteristics using threshold responses to water loss. Planta 242: 397-406.
Willson MF, Whelan CJ. 1990. The evolution of fruit color in fleshy-fruited plants. The American Naturalist 136(6): 790-809.
Wyse SV, Dickie JB. 2017. Predicting the global incidence of seed desiccation sensitivity. Journal of Ecology: 105(4): 1082-1093.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista del Instituto Forestal

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.












