A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUSEU FLORESTAL OCTÁVIO VECCHI, SÃO PAULO, SP
DOI:
https://doi.org/10.24278/rif.2024.36e939Palavras-chave:
Práticas educativas, Meio ambiente, Educação musealResumo
Considerando o potencial dos museus em geral e, em especial, dos museus de ciência, como espaços de educação ambiental, é importante discutir se as finalidades institucionais e as práticas educativas realizadas nesses espaços contemplam a dimensão da educação ambiental. Nesse sentido, o presente artigo tem o objetivo de caracterizar e analisar as finalidades institucionais e as práticas do Museu Florestal Octávio Vecchi e, a partir dessas análises, elaborar uma proposta de aspectos teóricos e práticos a serem considerados no desenvolvimento da educação ambiental no referido museu, localizado no Parque Estadual Alberto Löfgren, em São Paulo – SP. Foi realizada a análise documental das fontes primárias do acervo da Biblioteca do antigo Instituto Florestal e do acervo Museu Florestal Octávio Vecchi e realizada a observação de práticas educativas desenvolvidas no museu. Constatou-se que sempre houve uma preocupação com o patrimônio natural, em atividades com a comunidade local, no reforço na identidade local e como instituição. Nas visitas observadas foram identificadas práticas de educação ambiental nas suas macrotendências pragmática e conservacionista, enfatizando a preservação das florestas e a reciclagem. Destacou-se, pois, a importância de uma equipe fixa no serviço educativo, de maior integração entre as equipes de mediação do Museu Florestal e do parque no qual está inserido e de ampliação das parcerias para um trabalho de educação ambiental em uma perspectiva crítica.
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