FLORISTICA DE TRECHOS DE MATAS CILIARES DO RIBEIRÃO BORÁ E RIBEIRÃO CUBATÃO, POTIRENDABA – SP

Autores/as

  • Melina Alcalá Centro Universitário de Rio Preto
  • Valéria Stranghetti Centro Universitário de Rio Preto
  • Nathália Cristina Soares Franceschi Centro Universitário de Rio Preto

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.200618326

Palabras clave:

florística, mata ciliar, ribeirão Borá, ribeirão Cubatão

Resumen

As matas ciliares são de suma importância para a proteção dos cursos d’água, na manutenção da fauna aquática e terrestre, na regularização do regime hídrico e da melhoria da qualidade de água. A situação crítica em que se encontram essas florestas deixa evidente a necessidade de estudo sobre sua composição florística e a ecologia de seus remanescentes. O conhecimento da vegetação ciliar é imprescindível para a caracterização da vegetação regional adjacente, permitindo estabelecer de forma mais segura as medidas mais adequadas de manejo e recuperação de áreas alteradas. As matas estudadas encontram-se na região noroeste do Estado de São Paulo, no município de Potirendaba (21° 01’ 34” S e 49° 22’ 38” W), a 469 m de altitude. Com o objetivo de caracterizar floristicamente os trechos de matas ciliares do ribeirão Borá e Cubatão, foram identificadas espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas e lianas de Magnoliophyta e classificaram-se as espécies arbóreas/arbustivas em categorias sucessionais. No ribeirão Borá (17 ha) foram identificadas 46 famílias, 84 gêneros e 96 espécies; no ribeirão Cubatão foram identificadas 41 famílias, 94 gêneros e 109 espécies, sendo as famílias Leguminosae, Asteraceae e Rubiaceae, as que apresentaram maior número de espécies. Considerando as categorias sucessionais, no ribeirão Borá, as espécies arbóreo-arbustivas encontradas foram, na sua maioria, de secundárias iniciais, e no ribeirão Cubatão a maioria foi de espécies pioneiras. A distribuição de espécies de acordo com as categorias sucessionais, mostra que há o predomínio de espécies iniciais (pioneira e secundária inicial). Isto sugere que esta floresta se encontra em uma condição jovem. Por se tratar de uma mata com predomínio de espécies iniciais, conclui-se que a caracterização sucessional da vegetação está em estágio inicial de regeneração. O levantamento florístico fornece uma lista importante de espécies que ocorrem nas matas ciliares da região noroeste, as quais poderão ser utilizadas em reflorestamento de mata ciliar propriamente e florestas adjacentes.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ARID, F. M.; CASTRO, P. R. M.; BARCHA, S. F. Solos derivados da formação Bauru na região norte-ocidental do estado de São Paulo. Naturalia, v. 1, p. 1-24, 1975.

BARCHA, S. F.; ARID, F. M. Estudo de evapotranspiração na região norte-ocidental do estado de São Paulo. Rev. Ciências, Votuporanga p. 99-122, 1971.

BERG, E. D.; OLIVEIRA-FILHO, A. T. Composição florística e estrutura fitossociológica de uma floresta ripária em Itutinga, MG e comparação com outras áreas. Rev. Bras. Bot. São Paulo, v. 23, n. 3, p. 231-256, 2000.

BUDOWSKI, G. Distribution of Tropical American rain forest species in the light of successional processes. Turrialba, Turrialba, v. 15, p. 40-42, 1965.

BRUMMITT, R. K.; POWELL, C. E. (Ed.). Authors of plant names. Kew: Royal Botanic Gardens, 1992. 732 p.

CAVASSAN, O.; CESAR, O.; MARTINS, F. R. Fitossociologia da vegetação arbórea da Reserva Estadual de Bauru, estado de São Paulo. Rev. Bras. Bot., São Paulo, v. 7, p. 91-106, 1984.

CRONQUIST, A. An integrated system of classification of flowering plants. New York: Columbia University Press, 1981. 126 p.

DIAS, M. C. et al. Composição florística e fitossociológica do componente arbóreo das florestas ciliares do rio Iapó, na bacia do rio Tibagi, Tibagi, PR. Rev. Bras. Bot., São Paulo, v. 21, n. 2, p. 183-195, 1998.

GANDOLFI, S.; LEITÃO FILHO, H. F.; LINEU, C. L. F. Levantamento florístico e caráter sucessional das espécies arbustivo-arbóreas de uma floresta mesófila semidecídua no município de Guarulhos, SP. Rev. Bras. Biol., São Paulo, v. 55, n. 4, p. 753-767, 1995.

LEITÃO FILHO, H. F. Aspectos taxonômicos das florestas do estado de São Paulo. In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 1982, Campos do Jordão. Anais... São Paulo: UNIPRESS, 1982. p. 197-206. (Silvic. S. Paulo, São Paulo, v.16-A, pt. 1, 1982, Edição especial).

MARTINS, F. R. Estrutura de uma floresta mesófila. Campinas: Editora da Unicamp, 1991. 246 p.

MARTINS, S. V.; RODRIGUES, R. R. Gap-phase regeneration in a semideciduous mesophytic forest, south-eastern Brazil. Plant Ecology, v. 163, p. 51-62, 2002.

MOLINA, F. R. et al. Aspectos fitossociológicos das espécies ararbóreas/arbustivas de um trecho da mata ciliar do ribeirão Borá, Potirendaba, SP. Revista del Jardín Botánico Nacional, La Habana, v. 22, n. 1, p.85-91, 2001.

MORELLATO, L. P. C.; LEITÃO FILHO, H. F. Ecologia e preservação de uma floresta tropical urbana: Reserva de Santa Genebra. Campinas: Editora da Unicamp, 1995. 136 p.

MÜLLER-DOMBOIS, D.; ELLENBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Wiley & Sons, 1974. 574 p.

PAGANO, S. N.; LEITÃO FILHO, H. F. Composição florística do estrato arbóreo de mata mesófila semidecídua, no município de Rio Claro (Estado de São Paulo). Rev. Bras. Bot., São Paulo, v. 10, p. 37-47, 1987.

RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos. São Paulo: HUCITEC: EDUSP, 1979. v. 2, 327 p.

RODRIGUES, R. R. Análise de um remanescente de vegetação natural às margens do rio Passa Cinco, Ipeúna, SP. 1992. 325 f. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

________. A sucessão florestal. In: MORELLATO, P. C. et al. Ecologia e preservação de uma floresta tropical urbana: Reserva de Santa Genebra. Campinas: UNICAMP, 1995. p. 30-35.

________. Uma discussão nomemclatural das formações ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. Matas ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: EDUSP: FAPESP, 2001. p. 91-99.

STRANGHETTI, V.; TARODA RANGA, N. Levantamento florístico das espécies vasculares da floresta estacional mesófila semidecídua da estação ecológica de Paulo de Faria, SP. Rev. Bras. Bot., São Paulo, v. 21, n. 3, p. 295-304, 1998.

________.; PEDRÃO, I. I. Levantamento florístico das espécies de Magnoliophyta de um trecho da mata ciliar do ribeirão Borá, Potirendaba – SP. São Paulo: [s.n.], 1999. 35 p. (Relatório Científico FAPESP, proc. 98/05644-1).

STRANGHETTI, V. et al. Fitossociologia de um fragmento florestal do Sítio São Pedro, município de Potirendaba, SP. Revista del Jardín Botánico Nacional, La Habana, v. 21, n. 1, p. 95-102, 2000.

STRANGHETTI, V. et al. Levantamento florístico das espécies de Magnoliophyta de um trecho da mata ciliar do ribeirão Cubatão, Potirendaba, SP. [S.l.]: [s.n.], 2001. 20 p. (Relatório Científico).

STRANGHETTI, V. et al. Florística de um fragmento florestal do sítio São Pedro, município de Potirendaba, Estado de São Paulo. Acta Scientiarum: Biological Sciences, Maringá, v. 25, n. 1, p. 167-172, 2003.

TAUBERT, P. Leguminosae. In: ENGHLER, A.; PRANTL, K. (Ed.). Die natürlichen Pflanzenfamilien. Leipzig: Wilhelm Engelman, 1891. v. 3.

VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 1991. 123 p.

Publicado

2006-06-06

Cómo citar

ALCALÁ, M.; STRANGHETTI, V.; FRANCESCHI, N. C. S. FLORISTICA DE TRECHOS DE MATAS CILIARES DO RIBEIRÃO BORÁ E RIBEIRÃO CUBATÃO, POTIRENDABA – SP. Revista del Instituto Forestal, São Paulo, v. 18, p. 79–93, 2006. DOI: 10.24278/2178-5031.200618326. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/326. Acesso em: 21 sep. 2024.

Número

Sección

Artigos Científicos