COMUNIDADES TRADICIONAIS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DA JURÉIAITATINS

BIODIVERSIDADE E MEDICINA POPULAR

Autores/as

  • Gemima C. Cabral Born Universidade Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.199243856

Palabras clave:

Floresta tropical, Mata Atlântica, comunidades caiçaras, biodiversidade, plantas medicinais, etnofarmacologia, unidade de conservação

Resumen

odesconhecimento da diversidade da flora medicinal e como esta é utilizada pelos grupos étnicos que vivem em florestas tropicais é muito grande. Mas, mais assustador é o nosso quase total desconhecimento sobre a flora medicinal existente na Mata Atlântica e sobre a relação das comunidades que ali vivem com os recursos naturais, sejam de origem vegetal, animal e mineral. Objetivando contribuir ao conhecimento da diversidade dos recursos naturais da Mata Atlântica, desde 1989 estamos realizando um amplo e detalhado levantamento etnofarmacológico nas estimadas 12 comunidades caiçaras da Estação Ecológica de Juréia- Itatins. Temos documentado o rico sistema terapêutico baseado principalmente em plantas e muitas destas são nativas e desconhecidas no meio científico, a relação harmoniosa com a natureza e o saber botânico das comunidades por nós estudadas até o presente. No Brasil, 84% detodas as drogas são importadas e 60% de todas as drogas processadas no país são consumidas por apenas 23% da população. A Etnofarmacologia pode contribuir para modificar tal situação de dependência, que se verifica também em outros países em desenvolvimento, bem como contribuir para a valorização das culturas de comunidades tradicionais e sua interação com o ambiente.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BALADRIN, M. F.; KLOCKE, J. A.; WURTELE, E. S.; BOLLlNGER, W. M. H., 1985. Natural plantchemicals: sources of industrial and medicinal materiais. Science, Vol. 228, 1154-1160.

BORN, G. C. C.; DINIZ, P. S. N. B.; ROSSI, l., 1989. Levantamento etnofarmacológico e etnobotânico nas Comunidades da Cachoeira do Guilherme e do Rio Comprido da Estação Ecológica de Juréia-Itatins, Iguape, SP. Relatório apresentado à Coordenadoria de Pesquisa de Recursos Naturais da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. 94.

DE MELLO, J. E.B., 1987. Oeflagrando a produção de matéria-prima. Revista Brasileira de Tecnologia .18,32- 33.

ELlSABETSKY, E., 1986. Etnofarmacologia de algumas tribos brasileiras.ln: Ribeiro, O. (Ed.) Suma etnológica brasileira, Petrópoles, Vozes, 135-148.

ELlSABETSKY, E., 1990. Introduction to Ethnopharmacology. In: E. Elisabetsky (Ed). Proceedings of the First Congress of Ethnobiology, Vo1.2, Part F., Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém, Pará.

ELlSABETSKY, E., 1991. Sociopolitical, economical and ethical issues in medicinal plant research. Journal o! Ethnapharmacolagy, 32: 235-239.

FARNSWORTH, N. R. & MORRIS, R. W., 1976. Higher plants - the sleeping giant of drug development. American Journal of Pharmaceutical Education 148,46- 52.

FARNSWORTH, N. R.; AKERELE, O.; BINGEL, A. S.; SOEJARTO, O. O.; GUO, Z., 1985. Medicinal plants in therapy. Bulletin oi the WHO, 63(6): 965-981.

GEREZ, J. C. C. & PEOROSA, O. E. O., 1987. Produção de fármacos, questões de sobrevivência. Revista Brasileira de Tecnologia 18, 14-17.

GOTILlEB, O. R. & MORS, W. B., 1980. J. Agric. Food Chem. 28, 196.

JAIN, S. K. (Ed.), 1987a. A Manual ot Ethnobotany. Jodhpur, Scientific Publishers. 228.

JOLY, C. A.; LEITÃO-FILHO, H. F.; SILVA, S. M., 1990. O patrimônio florístico. In: A. I. G. Câmara (Coord. editorial), Mata Atlântica. Editora Index Ltda. e Fundação S.O.S. Mata Atlântica, 97-125.

MYERS, N., 1985. The primary source: Tropical forests and our future. New York, W.W. Norton and Company. 399.

PRINCIPE, P. P., 1989. The Economic Significance of plants and their constituents as drugs.ln : H. Wagner, H. Hikuno, N. R. Farnsworth (Ed.), Economic and medicinal plant research, Vo1.3, Academic Press, 1-15.

WORLO COMMISSION ON ENVIRONMENT ANO OEVELOPMENT, 1987. Our Common Future. New York, Oxford University Press. 383.

WORLO HEALTH ORGANIZATION, 1978. World Health Organization. Ofticial Records, n' 243. Geneva.

Publicado

1992-06-13

Cómo citar

BORN, G. C. C. COMUNIDADES TRADICIONAIS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DA JURÉIAITATINS: BIODIVERSIDADE E MEDICINA POPULAR. Revista del Instituto Forestal, São Paulo, v. 4, n. 3, p. 804–807, 1992. DOI: 10.24278/2178-5031.199243856. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/856. Acesso em: 26 oct. 2024.