CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E QUÍMICA DE FRUTOS E SEMENTES DE CANELA-PRETA (Ocatea catharinensis Mez-LAURACEAE)

Autores

  • Antonio da Silva Instituto Florestal
  • Ivor Bergemann de Aguiar Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
  • Carlos Ferreira Damião Filho Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
  • José Fernando Durigan Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias

DOI:

https://doi.org/10.24278/2178-5031.1998102554

Palavras-chave:

Ocotea catharinensis, morfologia, composição química, fruto, semente

Resumo

Foram caracterizadas a morfologia e a composição química de frutos e sementes de Ocotea catharinensis colhidos em área de Mata Atlântica, na Serra da Cantareira, município de São Paulo-SP. A morfologia interna e externa das estruturas dos frutos e das sementes foi diagramada em nanquim, com o auxílio de estereomicroscópio provido de câmara clara. Ficou evidenciado que os frutos são carnosos e que as sementes apresentam tegumento delgado e indiferenciado, bem como germinação hipógea. A composição química foi quantificada no pericarpo e na semente. Foram determinados os teores de óleo, carboidrato total, proteína, macro e micronutrientes. O teor de óleo foi determinado apenas no pericarpo, que se mostrou oleaginoso (38,1 g/100 g). A semente é composta dos mesmos teores de carboidrato total e de proteína (18,8 g/100 g). O macronutriente em maior concentração no pericarpo e na semente é o potássio ( 10 e 6 mg/g, respectivamente), enquanto os micronutrientes em maior concentração são o ferro (136 µg/g), no pericarpo, e o manganês (90 µg/g), na semente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

A. O. A. C. 1970. Ofjicial methods of analysis of the Association of Ofjicial Analytical Chemists. 11. ed. Washington, A. O. A. C. 1015p.

BAITELLO, J. B. 1992. Ocotea catharinensis. ln: SOCIEDADE BOTÂNICA DO BRASIL. Centuria plantarum brasiliensuim exstintionis minitata. Rio de Janeiro Sociedade Botânica do Brasil. p. 167.

BATAGLIA, O. C. et ai. 1983. Métodos de análise química de plantas. Campinas, Instituto Agronômico. 48p. (Boletim Técnico, 78)

BIANCHETTI, A. 1991. Tratamentos pré-germinativos para sementes florestais. ln: SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE TECNOLOGIA DE SEMENTES FLORESTAIS, 2, Atibaia-SP, out. 16- 19, 1989. Anais... São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, Instituto Florestal. p. 237-246.

BONNER, F. T. 1971. Chemical contents of some southern hardwood fruits and seeds. 2. ed. New Orleans, South Forest Experiment Station. 3p. (USDA Forest Service Research Note, 136)

Chemical contents of some southern fruits and seeds. 2. ed. New Orleans, South Forest Experiment Station. 3p. (USDA Forest Service Research Note, 183)

CARVALHO, N. M. & NAKAGAWA, J. 1988. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 3. ed. Campinas, Fundação Cargill. 424p.CARVALHO, P. E. R. 1994. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo, EMBRAPA/CNPF. 369p.

CASTELLANI, E. D. 1996. Caracterização e germinação de sementes de Trema micrantha (L.) Blume. Jaboticabal, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. 124p. (Dissertação de Mestrado)

CHAVES, M. M. F. & RAMALHO, R. da S. 1996. Estudos morfológicos em sementes, plântulas e mudas de duas espécies arbóreas pioneiras da família Asteraceae (Vanil/osmopsis erythropappa) Sch. Bip e Vernonia discolar (Spreng) Less. Rev. Árvore, Viçosa, 20(1): 1-7.

CORDINI, C. 1994. Grupos ecológicos de espécies florestais nativas de Santa Catarina. Agropec. Catarinense, Florianópolis, 7(1):40-43.

CORNER, E. J. H. 1976. The seeds of dicotyledons. Cambridge, University Press. v. 1. 31 lp.

DAMIÃO FILHO, C. F. 1993. Morfologia e anatomia de sementes. Jaboticabal, FCAV/UNESP. 145p. (Apostila do Curso de Morfologia de Sementes)

FAÇANHA, J. G. V. & VARELA, V. P. 1986/87. Resultados preliminares de estudos sobre a conservação e composiçao bioquímica de sementes de copaíba (Copaifera multijuga Hayne) - Leguminosae. Acta Amazônica, Manaus, 16// 7:377-382.

FONT QUER, P. 1979. Diccionario de botánica. Barcelona, Editora Labor. 1244p.

GROTH, D. & LIBERAL, O. H. T. 1988. Catálogo de identificação de sementes. Campinas, Fundação Cargill. 182p.

HERRERA, C. M. 1982. Defense of fruit ripe from pests: its signifícance in relation to plant disperser interactions. American Naturalist, Chicago, 120:218-241.

JANZEN, D. H. 1981. Enterolobium cyclocarpum seed passage rate and survival in horses, Costa Rica Pleistocene seed dispersai agents. Ecology, New York, 62:593-601.

JOLY, C. A. et ai. 1980. Physiology of gennination and seed gel analysis in two population of Magonia pubescens; St. Hil. Rev. Bras. Bot., São Paulo, 3: 1-9.

KALOYERAS, S. A. 1958. Rancidity as a factor in the loss of viability of pine and other seeds. J. Am. Oil Chem. Soe. , Champaign, 35:176-179.

LEAL, K. Z. et al. 1981. Análise imediata do conteúdo oleaginoso de sementes por ressonância magnética nuclear de carbono-13. Cienc. Cult. , São Paulo, 33(11): 1475-1483.

LORENZI, H. 1992. Árvores brasileiras: manual de identificação e c11ltivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, Editora Plantarum Ltda. 368p.

MORAES, P. L. R. de. 1993. Caracterização morfológica de frutos, sementes e plântulas de espécies da família Lauraceae, no Parque Estadual de Carlos Botelho, São Paulo. Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências. 190p. (Dissertação de Mestrado)

___ . & PAOLI, A. A. S: 1996. Morfologia de frutos e sementes de Cryptocaria moschata Ness & Martius ex Ness, Endlicheria paniculata (Sprengel) MacBride e Ocotea catharinensis Mez (Lauraceae). Rev. Bras. Sem. , Campinas, 18(1): 17-27.

OLIVEIRA, D. M. T. & BELTRATI, C. M. 1994. Morfologia e anatomia dos frutos e sementes de lnga fagifolia Willd (Fabaceae-Mimosoideae). Rev. Bras. Biol., Rio de Janeiro, 54(1):91-100.

OLIVEIRA, E. C. 1993. Morfologia de plântulas. ln: AGUIAR, I. B.; PINA-RODRIGUES, F. C. M. & FlGLIOLIA, M. B. (coord.) Sementes florestais tropicais. Brasília., ABRATES. p. 175-214.

PAOLI, A. A. S. 1995. Morfologia e desenvolvimento de sementes e plântulas de Luehea divaricata Mart. et Succ. (Tiliaceae). Rev. Bras. Sem. , Londrina, 17 ( 1):120-128.

___ .; FREITAS, L. & BARBOSA, J. M. 1995. Caracterização morfológica dos frutos, sementes e plântulas de Croton floribundus Spreg. e de Croton urucurana Bàill. (Euphorbiaceae). Rev. Bras. Sem., Londrina, 17(1):57-68.

PINA-RODRIGUES, F. C. M. & SANTOS, N. R. F. 1988. Teste de tetrazólio. ln: PINA RODRIGUES, F. C. M. (coord.) Manual de análise de sementes florestais. Campinas, Fundação Cargill. p. 91-100.

___ .; COSTA, L. C. S. & REIS, A. 1990. Estratégias de estabelecimento de espécies arbóreas e o manejo de florestas tropicais. ln: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6, Campos de Jordão-SP, 1990. Anais... São Paulo, SBS/SBEF. v. 3. p. 676-684.

___ . & AGUIAR, I. B. 1993. Maturação e dispersão de sementes. ln: AGUIAR, I. B.; PINA-RODRIGUES, F. C. M. & FIGLIOLIA, M. B. (coord.) Sementes florestais tropicais. Brasília, ABRATES. p. 215-274.

POPINIGIS, F. 1985. Fisiologia da semente. 2. ed. Brasília, AGIPLAN. 289p.

RANGANNA, S. 1977. Manual of analysis of fruit and vegetable products. New Delhi, McGraw-Hill. 634p.

REITZ, P.; KLEIN, R. M. & REIS, A. 1988. Projeto madeira do Rio Grande do Sul. Sellowia, ltajaí, (34/35):233-239.

SAASTAMOINEN, M.; KUMPULAINEN, J. & NUMMELA, S. 1989. Genetic and environmental variation in oil content and fatty acid composition of oats. Cereal Chem., St. Paul, 66( 4): 1 96-300.

SASS, J. E. 195 1. Botanical microtechnique. 2. ed. Ames, State Coll. 228p.

SCHMIDT-HEBBEL, H. 1970. Determinação de carboidratos em alimentos. ln: SCHMIDTHEBBEL, H. (coord.) Curso de análise química de alimentos. Campinas, ITAL. p. 49-52.

SILVA, A. da; FIGLIOLIA, M. B. & AGUIAR, I. B. 1 993. Secagem, extração e beneficiamento de sementes. ln: AGUIAR, I. B.; PINA RODRIGUES, F. C. M. & FIGLIOLIA, M. B. Sementes florestais tropicais. Brasília, ABRATES. p. 303-331.

SILVA, A. da. 1997. Padrão de florescimeento e frutificação, caracterização de diásporos e germinação de sementes de canela-preta (Ocotea catharinensis Mez). Jaboticabal, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. 94p. (Dissertação de Mestrado)

SNOW, D. H. 1981. Tropical frigivorous birds and their food plants: a world survey. Biotropica, Washington, 13: 1- 14.

STILES, E. 1980. Pattems of fruit presentation and seed dispersai in bird disseminated woody plants in the eastem deciduous forest. American Naturalist, 116:670-688.

VALLILO, M. I. ; TAVARES, M. & AUED, S. 1990. Composição química da polpa e da semente do fruto do cumbaru (Dipteryx alata Vog.) - caracterização do óleo da semente. Rev. Inst. Flor., São Paulo, 2(2): 115-125.

Downloads

Publicado

1998-12-09

Como Citar

SILVA, Antonio da; AGUIAR, Ivor Bergemann de; DAMIÃO FILHO, Carlos Ferreira; DURIGAN, José Fernando. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E QUÍMICA DE FRUTOS E SEMENTES DE CANELA-PRETA (Ocatea catharinensis Mez-LAURACEAE). Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 217–228, 1998. DOI: 10.24278/2178-5031.1998102554. Disponível em: https://rif.emnuvens.com.br/revista/article/view/554. Acesso em: 7 jul. 2025.

Edição

Seção

Artigos Científicos